Localizada no Rio de Janeiro, a residência é uma das construções neoclássicas de maior destaque na região
Redação Publicado em 13/02/2022, às 08h00 - Atualizado em 04/03/2022, às 18h15
No Bairro Imperial de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, está localizada, até os dias de hoje, uma das propriedades da Marquesa de Santos. A casa de Domitila de Castro, a mais famosa amante de D. Pedro I, foi um presente do imperador, entregue à mulher em meados do século 19.
Tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN), em 1938, a residência que serviu de ponto de encontro do casal atualmente é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, sendo considerada um dos grandes exemplares do estilo neoclássico no estado.
De acordo com informações do site Museus do Rio, o Palacete do Caminho Novo, como é conhecida a casa, foi projetado por Jean Pierre Pézerat e conta com pinturas de Francisco Pedro do Amaral.
A residência, na qual a marquesa viveu entre os anos de 1827 e 1829, foi construída em um terreno próximo ao Paço de São Cristóvão, em um local onde antes exitiam duas chácaras.
Não bastassem as belíssimas pinturas, a casa ainda é repleta de baixos-relevos inspirados na mitologia greco-romana, tanto na decoração externa quanto nos forros dos salões superiores. As obras são de autoria dos irmãos Marc e Zephirin Ferrez, importantes escultores da missão artística francesa.
Ainda de acordo com o portal, os assoalhos de toda a propriedade são de madeira brasileira trabalhada. A fachada interna conta com duas imponentes escadarias curvas, as quais dão para um grande jardim arborizado. Além disso, quase todas as janelas e portas do palacete apresentam detalhes em vidro e possuem corações.
Após um breve período como propriedade de Domitila de Castro, a residência passou pelas mãos de diferentes personalidades ao longo do século 19. Um dos nomes mais notáveis foi o Barão de Vila Nova do Ninho, quem reformou o edifício e o reinaugurou em 1857.
Mais tarde, entre 1869 e 1882, pertenceu ao Barão de Mauá, que também promoveu adaptações na casa, adicionando novas pinturas à sala de música, localizada no piso superior.
Como se trata de um construção tombada, surgiu nos últimos anos, uma proposta de transformar o antigo palacete em um local de memória. O terreno, anexo à residência, dá lugar ao Museu da Moda Brasileira, o qual está sendo idealizado pela Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, em parceria com o Instituto Zuzu Angel e com a Fundação Getúlio Vargas.
A saga de Dom Pedro I após deixar para trás o trono do Brasil é tema de um episódio do podcast 'Desventuras na História'.
Com narração de Vítor Soares, professor de História e dono do podcast 'História em Meia Hora', o episódio relembra um momento pouco discutido na trajetória do imperador.
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