Conjunto internacional reuniu notícias que denunciavam afirmações absurdas e conspiratórias a respeito da doença
Caio Tortamano Publicado em 12/08/2020, às 08h00
Para estudar os efeitos de uma pandemia em um mundo globalizado e conectado à internet, uma equipe internacional de cientistas sociais, doutores e epidemiologistas analisaram conteúdos em redes sociais, jornais e televisão e descobriram que mais de 2 mil teorias da conspiração e rumores foram criados em cima da Covid-19.
Essas informações falsas tiveram efeitos práticos na vida real. Por exemplo, uma teoria de que consumir álcool concentrado matava o coronavírus por dentro resultou em mais de 5.900 hospitalizações, 800 mortes e 60 casos de cegueira por envenenamento por metanol.
No estudo publicado pelos autores, eles afirmam que "a desinformação alimentada por rumores, estigmas e teorias da conspiração pode ter implicações potencialmente sérias no indivíduo e na comunidade se for colocada sobre diretrizes baseadas em evidências e comprovação científica".
Foram encontradas mais de 2.300 denúncias com conteúdos desse tipo em 87 países diferentes em mais de 25 línguas. O levantamento ainda aponta a maior parte deles sendo composto por rumores e constatações não comprovadas acerca da doença (89% deles), em seguida das teorias da conspiração (8% desse conteúdo).
Reino Unido adiciona novos sintomas da Covid-19 em lista oficial
Infecção e vacina pode gerar ‘superimunidade’, diz estudo
No Brasil, 6 estados e DF apresentam situações críticas nas UTIs
Brasil começa a discutir possibilidade de quarta dose da vacina
Uso de máscara PFF2 ou N95 passa a ser obrigatório no Ceará
Ômicron pode contribuir para que pandemia acabe mais rápido na Europa