A cidade é a mais afetada com o novo coronavírus, com mais de 87 mil infectados e 4.778 mortes em decorrência da doença
Wallacy Ferrari Publicado em 10/04/2020, às 10h58
Uma dúzia de trabalhadores contratados pela prefeitura de Nova York foram gravados abrindo grandes covas na ilha Hart e enterrando caixões de vítimas fatais do COVID-19 que não tiveram seus corpos reclamados no Instituto Médico Legal. Com roupas de proteção, o grupo enterra cerca de 50 caixões apenas no momento da gravação.
Na última quinta-feira, 9, as autoridades da cidade afirmaram que não havia outra alternativa para enterrar os pacientes do novo coronavírus, visto que o número de mortes é muito alto e os necrotérios estão com longas filas e escassez de espaços. Os funcionários vestem uma roupa de proteção que cobre o corpo inteiro e passam por um processo de higienização completo antes de retirar a vestimenta.
Os corpos foram trazidos por um caminhão refrigerado semelhante aos vistos próximos de hospitais públicos em Nova York e são parte de um Plano de Surtos de Gripe Pandêmica, assinado pela Prefeitura em 2008, que já previa que a ilha seria utilizada como local de enterro temporário caso os caminhões atingissem a capacidade máxima de corpos.
A ilha é utilizada pela Prefeitura desde o século 19 para enterrar indigentes ou pessoas cuja a família manifesta não ter recursos para organizar um velório em um dos cemitérios na região metropolitana da cidade. Em média, 25 corpos são enterrados por semana por internos da prisão de Rikers Island, que fazem o serviço funerário para reduzir suas penas.
Nova York é a cidade americana que mais sofre com a pandemia do novo coronavírus, com mais de 87 mil casos confirmados de infecção da doença. As mortes também são as mais altas, com 4.778 mortes confirmadas até a manhã de quinta-feira. Com uma população de 19 milhões de residentes, a cidade tem 815 casos a cada 100 mil habitantes, ultrapassando a média de vários países, como a Espanha e a Itália.
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