A morte do pai da Teoria da Evolução, que completa 138 anos, ainda gera especulações entre especialistas
Fabio Previdelli Publicado em 19/04/2020, às 00h00
Grande figura do século 19, o naturalista britânico Charles Darwin foi o responsável por quebrar o paradigma de que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança. Ao publicar o revolucionário A Origem das Espécies, ele bateu de frente com a Igreja ao contestar que todas as criaturas do planeta haviam sido concebidas pela Força Divina.
Seus estudos, mesmo após 138 anos de sua morte — completados hoje —, continuam servindo de referências nos mais diversos campos biológicos. Apesar das muitas certezas que apresentou, Darwin deixou uma teoria sem uma resposta concreta, que até a modernidade rende bons debates: afinal, do que o pai do evolucionismo morreu?
O que boa parte da história diz é que o britânico nos deixou após sofrer um ataque cardíaco fatal em 19 de abril de 1882. O que se sabe também é que Darwin já havia sofrido outros ataques agudos do miocárdio em outras ocasiões. Ou ponto importante para essa discussão é que o biólogo também sofria com problemas estomacais e frequentemente tinha náuseas — complicações relacionadas a problemas cardíacos.
Embora tenha sido diagnosticado com uma doença no coração, muitos presumem que ele tenha sofrido de uma doença parasitária tropical: a doença de Chagas. Apesar disso não ser sido comprovado, pois a enfermidade não era conhecida naquele tempo, historiadores o diagnosticaram com tal patologia com base em seus sintomas.
Darwin teria adquirido a doença de Chagas após ser picado por um percevejo, o barbeiro (que é portador do parasita Trypanosoma cruzy), quando percorria o El Chaco Argentino, em 1834. Além disso, os sintomas da enfermidade correspondem ao estado em que Darwin se encontrava no final de sua vida.
Sabe-se que essas manifestações podem levar até 20 anos para começarem a aparecer, isso corrobora com as datas das viagens que o naturalista fez em quando era mais jovem. Também se pensa que ele possa ter adquirido inúmeras outras enfermidades durante suas peregrinações ao redor do mundo.
Darwin morreu em sua casa, Down House, na Inglaterra, aos 73 anos de idade. Alegadamente, as últimas palavras que ele falou foram para sua esposa Emma e começaram com "Não tenho o menor medo de morrer".
Algumas pessoas tentaram citar isso como evidência de sua conversão ao cristianismo no final de sua vida, mas essa teoria foi vigorosamente negada pela família de Darwin. "Estas histórias são geralmente contadas por aqueles que gostariam que elas fossem verdades, mas não são", explica John van Wyhe, pesquisador da Universidade Charles Darwin e do Museu de História Natural e professor da Universidade Nacional de Singapura.
Embora seus parentes, inicialmente, quisessem que Darwin fosse enterrado no cemitério da família, foi um dos cinco indivíduos não-reais do Reino Unido a ter um funeral de estado. Ele foi sepultado na Abadia de Westminster com outros cientistas de renome, como Isaac Newton e John Herschel.
O funeral do naturalista aconteceu no dia 26 de abril, uma quarta-feira. O último adeus de Darwin foi visitado por milhares de pessoas, incluindo a família, amigos, cientistas, filósofos e dignitários.
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