Morto em 1213 a.C., os restos bem preservados de um dos maiores faraós do Egito intrigou arqueólogos
Daniela Bazi Publicado em 22/05/2020, às 08h00 - Atualizado em 10/01/2021, às 11h43
Ramsés II, mais conhecido como Ramsés, o Grande, foi um dos mais importantes faraós do Egito. Imperador da 19º dinastia egípcia, ocupou o trono entre 1279 a.C. e 1213 a.C., tornando-se um dos mais longevos reinados da história do Império.
O faraó foi responsável por grandes melhorias nas áreas cultural, econômica, administrativa e principalmente militar, onde fez questão de profissionalizar seus soldados, que passaram a receber salários, treinamentos especializados e lotes de terra.
Seus monumentos também são alguns dos grandes legados do governo. O imperador chegou a se apropriar de obras que pertenciam a antigos soberanos, além de mandar construir os que fariam parte do seu império.
Ao falecer, foi enterrado em um túmulo no Vale dos Reis, conhecido como KV7, em uma tumba muito maior que a de seu pai, porém, mais simples. Sua múmia foi encontrada por pesquisadores dentro do complexo de sepulturas Deir Elbari, e exposta no Museu Egípcio do Cairo em 1885.
No ano de 1974, funcionários do museu perceberam que a múmia estava começando a se deteriorar devido a um fungo presente no corpo. Para reverter o estado, o governo egípcio decidiu enviar o faraó para receber cuidados de especialistas na França.
Entretanto, nessa época, o Egito exigia que todas as pessoas, vivas ou mortas, tivessem um passaporte para que pudessem sair e retornar ao país. Assim, ele recebeu um documento por escrito que autorizava a 'saída' do corpo mumificado.
Durante sua estadia na França, o faraó foi analisado pelo professor forense Pierre-Fernand Ceccaldi, que foi responsável por descobrir algumas características do imperador. Segundo sua pesquisa, Ramsés tinha a pele clara e cabelos ruivos ondulados.
Também fora revelado que o soberano continha diversas fraturas e ferimentos de batalhas, além de sofrer de artite e má circulação. Além disso, o pesquisador acredita que ele andava com suas costas curvadas durante seus últimos anos de vida. Após as pesquisas e a eliminação do fungo, a múmia foi devolvida ao Egito em 1977.
Atualmente, o KV7 se encontra danificado, e restam apenas poucos dos objetos que foram enterrados com o faraó, que estão espalhados por museus no mundo. Já seus restos mortais continuam em exposição no Museu Egípcio.
Errata: A informação de que o Faraó ganhou um passaporte literal não é verdadeira. A matéria foi atualizada. Pedimos desculpas pelo equívoco.
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