Levados com a desculpa de que tomariam apenas um banho, os prisioneiros eram brutalmente mortos em sessões que podiam assassinar até 800 pessoas
Daniela Bazi Publicado em 02/10/2020, às 15h00
As câmaras de gás nazistas da Segunda Guerra Mundial foram uma das formas mais cruéis e marcantes, utilizadas para exterminar prisioneiros dos campos de concentração, com vapor do pesticida Zyklon-B.
A primeira vez em que o método foi aplicado aconteceu em 1941, com 250 pessoas que estavam doentes e 600 prisioneiros da União Soviética, que acabaram sendo queimados após de mortos para que os alemães não fossem acusados de crime de guerra.
Todos aqueles que os soldados julgavam incapazes de trabalhar, eram atraídos para as câmaras com a desculpa de que eles estariam indo para um banho, e logo receberiam novas roupas para se encontrarem com seus conhecidos. Quando, na realidade, eles estavam caminhando para a própria morte.
Segundo relatos do médico forense da Universidade de Hamburgo-Eppendorf, Dr. Sven Anders, durante os julgamentos dos crimes de guerra cometidos pelos alemães, inalar o Zyklon-B afetava primeiro o cérebro e o coração, além de causar violentas convulsões e uma forte dor, levando a vítima a um ataque cardíaco em segundos.
“Os sintomas começavam com uma sensação se queimação no peito similar à que causa a dor espasmódica e à que ocorre durante os ataques de epilepsia. A morte por parada cardíaca acontecia em questão de segundos. Era um dos venenos de ação mais rápida”, disse Sven.
As sessões de extermínio duravam 30 minutos, e matavam por volta de 800 pessoas de uma vez, entre indivíduos com deficiência física, idosos, crianças e doentes. Os que eram mais altos acabavam morrendo primeiro, pelo gás se concentrar principalmente nos cantos superiores da câmara, por ser mais leve que o ar.
Os sonderkommando, prisioneiros judeus que foram obrigados a se tornarem guardas, eram os responsáveis por levar as pessoas até as câmaras de gás, retirar os corpos após as mortes e queima-los para eliminar todas as evidências.
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