Para os romanos, as portas tinham poderes mágicos
Lívia Lombardo Publicado em 01/06/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36
Grande parte dos estudiosos da língua atribui à Roma antiga a origem da expressão usada para designar pessoas que não escutam direito. Na época, as portas tinham um caráter meio mágico. Quem passava por elas saía de um mundo, o externo, e entrava em outro. “Ultrapassar uma porta, uma passagem, era estar sob o controle de uma divindade doméstica, que podiam ser os conhecidos por deuses lares ou o espírito da casa, o genius”, diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Universidade Estadual de Campinas.
Os romanos, por isso, tinham como hábito falar palavras mágicas em frente às portas, além de fazer pedidos a elas. E passaram a relacionar os pedidos que não se concretizavam a uma suposta “surdez” da porta. Esse velho costume foi registrado pelo escritor latino Festo, que viveu no século 4.
Oswaldo Aranha: O brasileiro que presidiu a assembleia que determinou a partilha da Palestina
Quando enganar o outro virou “conto do vigário”?
Otan x Pacto de Varsóvia: Mundo já esteve refém de suas trocas de ameaças
10 particularidades sobre a Guerra do Paraguai
Georgi Zhukov: o homem que liderou as batalhas mais importantes da URSS na Segunda Guerra
Liberdade, Igualdade, Fraternidade: Há 230 anos, era aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão