Casa era ocupada somente por velhotes
01/12/2007 00h00 Publicado em 01/12/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36
Escândalos, filhos fora do casamento, contas pagas por empresas privadas... Poucas vezes o Senado foi tão comentado. O que quase não se fala, porém, é sobre a origem da casa, que é romana – seu nome deriva de senex (“velho”, em latim). Isso mesmo: o Senado romano era um “grupo de idosos”. “Era o conselho de anciãos, que congregava os pais de família, os patriarcas”, afirma o historiador Pedro Paulo Funari, da Universidade Estadual de Campinas. Na verdade, não havia idade mínima para ocupar o cargo. Mas, como era necessário o sujeito ter exercido uma série de ocupações antes, tornava-se impossível entrar na casa com menos de 35 anos, cinco a mais do que a expectativa de vida na Roma antiga. “Eles nunca foram eleitos. Eram escolhidos por um magistrado, o censor, que verificava se eles tinham a renda mínima – que variou com o tempo.” O número de senadores também variou – chegou a 600. No império, a partir de 31 a.C., o príncipe do Senado (o imperador) podia indicar os senadores.
Regras de Roma
• O cargo era vitalício
• Os senadores não ganhavam absolutamente nada pelo trabalho
• As leis eram aprovadas pelos comícios
• Não havia assembléia (como a Câmara dos Deputados), mas havia comícios (reuniões das pessoas agregadas, por exemplo, por região em que moravam).
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