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Múmia tecnológica

Múmia tecnológica

Eloísa Deveze Publicado em 01/11/2005, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

Uma criança egípcia morta há cerca de 2 mil anos. Era isso o que se sabia sobre uma múmia do Museu Egípcio Rosacruz, na Califórnia, Estados Unidos. Até ela ser enviada para pesquisadores da Universidade de Stanford. Com técnicas ultramodernas de tomografia tridimensional, os cientistas descobriram sua idade e sexo – e, de quebra, reproduziram seu rosto.

A múmia é de uma menina, que morreu aos 4 anos de idade – provavelmente por causa de uma infecção. Ela ganhou o nome de Sherit. “Essa múmia tinha perdido sua identidade”, diz o diretor do centro de computação da universidade, Kevin Montgomery, que participou dos trabalhos. “Ninguém sabia se era menina ou menino, como havia morrido, nada”, diz. Segundo ele, foram feitas múltiplas imagens de alta resolução da múmia e, com o uso de um software especial, foi gerado um modelo de computador baseado nas informações de Sherit. Tudo isso pôde ser visto em 3D na tela do computador. Para recriar a aparência da egípcia Sherit, os pesquisadores usaram o modelo de computador de sua estrutura óssea, aplicando numa superfície um molde que imita a pele apropriada para sua idade e etnia.

Aqui no Brasil, a múmia Tothmea, de 2 500 anos, do Museu Egípcio e Rosacruz de Curitiba, no Paraná, foi estudada com uma técnica parecida, a tomografia bidimensional, em 1999. “Descobrimos que ela teve os órgãos removidos por uma abertura no lado esquerdo do abdômen, inclusive o coração, que deve ter sido tirado por engano, e que ela morreu provavelmente aos 25 anos”, diz o arqueólogo Moacir Elias Santos, responsável pelas análises.

 

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