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MoMA: Museu de Arte Moderna de Nova York

Em Nova York, o maior acervo de arte moderna do mundo

Carol Frederico Publicado em 01/08/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

Três influentes mecenas, Lillie Bliss, Cornelius Sullivan e John Rockefeller Jr., perceberam, no fim dos anos 20, a necessidade de desafiar as políticas conservadoras dos museus tradicionais da época. Decidiram, então, criar o MoMA, o Museu de Arte Moderna de Nova York. Concebido para ser o primeiro e maior museu totalmente dedicado às correntes artísticas do fim do século 19 e começo do século 20, ele foi inaugurado em novembro de 1929, alguns dias depois da quebra da bolsa de valores da cidade – fato que deu início a uma tremenda crise econômica mundial.

A coleção inicial do museu tinha apenas oito pinturas e um desenho. Hoje o acervo é formado por mais de 150 mil pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, fotografias, modelos e desenhos arquitetônicos e objetos de design. Há também aproximadamente 22 mil vídeos, além de uma biblioteca de 300 mil livros e inúmeros documentos individuais de mais de 70 mil artistas.

Em maio de 2002, as instalações do MoMA, localizado na esquina da rua 53 com a Quinta Avenida, foram transferidas para o bairro do Queens, enquanto o museu tocava uma ambiciosa obra de ampliação, assinada pelo arquiteto japonês Yoshio Taniguchi. Em novembro de 2004, na comemoração dos 75 anos do MoMA, o novo prédio foi inaugurado com o dobro do espaço para exibições e uma área de auditórios e salas de aula cinco vezes maior – um total de cerca de 58 500 metros quadrados.

1. Repetições ocas

Para a autora Eva Hesse (1936-1970), a instalação Repetição Dezenove III, de 1968, são “embarcações maternais vazias que procuram a superfície do assoalho”. Ou, se preferir, 19 vasilhames de resina de poliéster e fibra de vidro dispostos sem nenhuma ordem.

2. Prostitutas de Picasso

As Senhoritas de Avignon, que faz 100 anos em 2007, revolucionou o mundo da arte quando foi visto pela primeira vez. Pablo Picasso (1881-1973) bebeu de fontes tão diversas como esculturas ibéricas, máscaras tribais africanas e pinturas de El Greco (1541-1614) para criar essa obra chocante.

3. Cueca nostálgica

Em O Banhista, de 1885, Paul Cézanne (1829-1903) representou o nu masculino de um jeito diferente do estilo classicista: o homem é franzino e não está numa pose heróica. Cézanne preferiu fazer uma arte de seu tempo, mas que revalidasse tradições do passado.

4. Bola da vez

Ao escolher um tema aparentemente banal e usando elementos das revistas em quadrinhos, Roy Lichtenstein, morto em 1997, desafiou a estética da arte do início dos anos 60, que tinha conceitos mais abstratos. Com Garota com Bola, o pintor nova-iorquino criou um clássico da pop art.

5. Banquinho com roda

Lançada em 1951, esta é a terceira versão de Roda de Bicicleta, desde que a original se perdeu em 1913. A obra, do francês Marcel Duchamp (1887-1968), questionou a própria definição de arte – afinal, uma roda em cima de um banco é arte? Ele fez uma réplica para seu estúdio em 1916, que depois também desapareceria.

6. Orgulho nacional

Esta cadeira foi concebida em 1993 pelos irmãos paulistas Fernando e Humberto Campana, que seduziram a indústria italiana e são, hoje, uma referência do design brasileiro no mundo. Eles ainda possuem mais duas cadeiras que fazem parte do acervo do MoMA.

7. Garota dourada

Dentre os trabalhos do americano Andy Warhol (1928-1987) dedicados a Marilyn Monroe, este é o único em que ele usou o dourado. Marilyn Monroe Dourada, de 1962, foi inovador também por uma técnica utilizada por Warhol, o silk screen (aquele de fazer estampa em camiseta).

8. Lembrança noturna

A Noite Estrelada, de 1889, é uma das obras mais conhecidas do holandês Vincent van Gogh (1853-1890). Ele a pintou durante sua estada em um asilo para doentes mentais na França, pouco antes de morrer, aos 37 anos. Diferentemente de muitas de suas telas, esta foi pintada de memória – e não a partir de um cenário vivo.

9. Painel de magnata

Edwin Campbell (1874-1929), fundador da Chevrolet, encomendou ao russo Wassily Kandinsky (1866-1944) uma série de quatro pinturas a óleo para seu apartamento. Neste painel, de 1914, o pintor forçou o impacto da cor e da sua associação com a música. “Cor é o meio de exercer influência direta sobre a alma”, disse.

10. Momento decisivo

O francês Henri Cartier-Bresson, que morreu em 2004 dias antes de completar 96 anos, registrou esta cena em 1932, em uma estação de trem em Paris chamada Gare St. Lazare. O fotógrafo disse que, ao flagrar o homem saltando, estava atrás de uma grade da estação.

 

Acervo

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