Os Manuscritos de Jesus: o Vaticano vai ruir
Cíntia Cristina da Silva Publicado em 01/07/2006, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36
Há mais de 20 anos, o neozelandês Michael Baigent causou polêmica ao sugerir que Jesus era casado com Maria Madalena e que os filhos dessa união eram o verdadeiro Graal. Escrito com Richard Leigh e Henry Lincoln, O Santo Graal e a Linhagem Sagrada lançou essa teoria, alicerce sobre o qual foi construído o enredo de O Código Da Vinci.
O best-seller de Dan Brown causou polêmica com o Vaticano e com os próprios autores do Santo Graal, que acusaram o escritor americano de se apropriar das idéias do livro. “Dan Brown não fez nenhuma pesquisa. Ele roubou nossa propriedade intelectual”, diz Baigent. Os autores moveram uma ação judicial contra Brown, mas perderam.
Pronto para o próximo round de polêmicas, Baigent lança Os Manuscritos de Jesus e levanta novas questões sobre o Jesus histórico que, para ele, “foi silenciado em razão dos dogmas criados pelos seguidores do cristianismo”. O autor defende que Jesus não morreu na crucificação, que seus ensinamentos foram inspirados num grupo de místicos judeus do Egito e que teve papel político importante ao se ladear de seguidores zelotes, que lutavam contra a ocupação romana na Palestina – Judas Iscariotes seria da facção mais radical do movimento. Baseado em relatos do século 1, recria a trajetória política e pessoal de Jesus. “Por que o fato de ter sido casado poderia fazer dele um mestre pior? Isso não denigre sua espiritualidade”, diz.
Os Manuscritos de Jesus, Michael Baigent, Editora Nova Fronteira, 2006
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