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A jornada de D¿Leh: Viagem fantástica na pré-história

Diretor de Independence Day recria a relação do homem pré-histórico com os animais

Fred Linardi Publicado em 01/03/2008, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

Em plena Pré-História, o jovem D’Leh, acostumado a fugir de tigres dentes-de-sabre e a caçar mamutes, está prestes a enfrentar uma tarefa ainda mais complicada: liderar um exército de sua tribo em uma jornada por desertos dos mais áridos. Ele se empenha nessa missão depois que Evolet, a mulher a quem ama profundamente, é raptada num ataque violento à sua comunidade e levada para um terrível governante rival. A premissa do novo filme de Roland Emmerich, 10.000 a.C., com estréia prevista nos cinemas brasileiros em março, mostra o diretor alemão, conhecido por grandes produções como Independence Day e Godzila, viajando rumo a um passado muito distante.

O filme começa no ano 10 000 antes de Cristo, quando o ser humano ainda não dominava o fogo e não sabia plantar nem domesticar animais. Ele só aprenderia a escrever 6 mil anos mais tarde. Mas a obra de Emmerich não se prende a essa fase da história humana. A jornada de D’Leh, interpretado por Steven Strait, leva o espectador a um ritmo evolutivo bastante acelerado, para acompanhar três momentos bem diferentes da evolução da nossa espécie.

A cada tribo que encontra, o protagonista salta alguns milênios no tempo. A princípio, D’Leh encontra homens caçando. Depois, os primeiros agricultores. Por fim, alcança uma região onde já existem arquiteturas complexas, que anunciam o surgimento da Antiguidade, por volta de 4 mil anos antes de Cristo. Perversa, esta última civilização é aquela que mantém muitos escravos, entre eles Evolet (interpretada por Camilla Belle).

A obra inventa uma relação fantasiosa entre o homem e os animais. Segundo Emmerich, 10.000 a.C. não é uma aula de história, tampouco um documentário. “Tivemos uma equipe estudando os animais da época, mas sabemos que caçadores nunca se encontraram com construtores de edifícios, assim como os mamutes nunca foram domesticados para levantar grandes construções”, diz Emmerich em entrevista a História. “Nosso desafio foi viajar por milhares de anos em 100 minutos.”

10.000 a.C.

Diretor: Roland Emmerich

Estréia: 7 de março

 

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