Morre polonesa que salvou 2,5 mil bebês dos nazistas
Guilherme Gorgulho Publicado em 01/08/2008, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36
Considerada uma versão feminina do alemão Oskar Schindler, a assistente social polonesa Irena Sendlerowa, que ajudou a salvar cerca de 2,5 mil crianças do Gueto de Varsóvia durante a ocupação nazista, morreu em 12 de maio, aos 98 anos, em um hospital na capital da Polônia.
Indicada para o Prêmio Nobel da Paz e laureada como heroína nacional no ano passado pelo Congresso polonês, Irena teve um reconhecimento tardio de sua ação benemérita em favor dos bebês judeus. “Ela modestamente dizia que fez o que qualquer ser humano faria, mas não há outra palavra para isso que não seja heroísmo”, afirmou Elzbieta Ficowska, uma das crianças salvas do gueto. “O instinto de sobrevivência é o de se salvar, mas ela salvou os outros.”
Torturada pela Gestapo, em 1943, para revelar o paradeiro dos bebês e os nomes de seus colaboradores, Irena manteve-se calada. Por isso, teve pés e pernas quebrados. Sua execução só foi evitada, porque seus companheiros subornaram os nazistas e ela foi abandonada inconsciente em uma floresta. “Eu ainda sinto remorso por ter feito tão pouco”, declarou Irena em uma de suas últimas entrevistas, concedida em um asilo de Varsóvia, no qual passou os últimos anos de sua vida.
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