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Iraque indo às compras

País encomenda 100 milhões de dólares em armas da China

Guilherme Gorgulho Publicado em 01/11/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

A incapacidade da indústria militar americana de suprir as necessidades de armamento das forças iraquianas fez com que Bagdá encomendasse recentemente 100 milhões de dólares em armamento leve da China. A produção das fábricas americanas está voltada para abastecer às próprias tropas, o que inviabilizou o suprimento para o Exército e a polícia iraquiana no combate à insurgência. “A capacidade das fábricas aqui não é suficiente para nos suprir rapidamente com tudo o que precisamos, mesmo para o exército”, disse o presidente do Iraque, Jalal Talabani, em recente visita aos Estados Unidos. De acordo com Talabani, apenas um em cada cinco oficiais da polícia iraquiana é armado. O Pentágono informou que está pronto para vender aos iraquianos armamentos no valor superior a 2,3 bilhões de dólares para ajudar seu exército a assumir missões atualmente desenvolvidas pelas forças de coalizão. O negócio incluiria veículos, explosivos, munição para armas leves e equipamentos de comunicação, além da modernização de 32 helicópteros UH-1.

Analistas militares temem que o negócio com a China possa piorar a situação no Iraque, já que parte das armas acaba sendo desviada para grupos rebeldes por meio de militares corruptos ou insurgentes infiltrados no Exército. O governo americano reconheceu em relatório publicado este ano que 30% do armamento distribuído no Iraque desde 2004 não têm registro de destino.

 

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