Como o conflito é visto pelo cinema
Fernanda Nogueira de Souza Publicado em 01/01/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36
A Guerra Fria já foi tema de vários filmes. O clima de tensão entre EUA e URSS perdurou até o fim do império soviético, em 1991, e, para a sorte de todo o mundo, nunca chegou às vias de fato. O que se viu foi uma luta ideológica, política e econômica. Se tivessem ocorrido ataques militares, a disputa poderia ter deflagrado a Terceira Guerra Mundial, com o uso de armas atômicas mais potentes que as de Hiroshima e Nagasaki. Veja alguns filmes que retratam esse período:
A Caçada ao Outubro Vermelho
Diretor: John McTiernan, EUA, 1989
Conta a história de um oficial da marinha soviética que precisa escapar de uma caçada empreendida tanto por soviéticos como por americanos.
Treze Dias que Abalaram o Mundo
Diretor: Roger Donaldson, EUA, 2000
Baseado em fatos reais, relata a tensão provocada pela instalação de mísseis soviéticos de longo alcance em Cuba, dirigidos para os Estados Unidos.
Código de Ataque
Diretor: Stephen Frears, EUA, 2000
Com George Clooney e Richard Dreyfuss, mostra a ameaça da explosão de duas bombas nucleares em Moscou e suas conseqüências. É uma refilmagem de Limite de Segurança, de 1964.
K-19: The Widowmaker
Diretor: Kathryn Bigelow, EUA, Inglaterra e Alemanha, 2002
Conta a história do submarino nuclear soviético K-19, que tem um vazamento a caminho dos EUA. O desastre nuclear pode causar a Terceira Guerra.
Alguns dos mais importantes diretores também se debruçaram sobre temas de guerra. Confira as indicações de Inácio Araújo, crítico da Folha de S. Paulo:
A Grande Ilusão (Jean Renoir, França, 1937)
“A Primeira Guerra vista por Jean Renoir na perspectiva do entre-guerras: as classes pobres como buchas de canhão; os aristocratas como participantes de um jogo elegante.”
Agonia e Glória (Samuel Fuller, EUA, 1980)
“Filme em larga medida autobiográfico, onde Fuller desenvolve seu princípio de que ‘na guerra, o único heroísmo é sobreviver’. A guerra não tem heróis. Só horrores, sendo que o horror máximo é o que aparece no final.”
O Dia do Perdão (Amos Gitai, Israel/França, 2000)
“Aqui, temos a guerra contemporânea, a guerra do Yom Kippur (1973). Gitai evita a emotividade do filme tradicional. Isso tem o efeito paradoxal, para o espectador moderno, de levá-lo a vivenciar mais intensamente os horrores da guerra. A reter, a seqüência de tentativa de salvamento na lama, que vai do burlesco ao trágico em 7 minutos.”
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