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A mais antiga maravilha é a única que ainda está de pé

Maria Dolores Duarte Publicado em 01/05/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

A Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, é a mais antiga das Sete Maravilhas do mundo antigo – e a única que ainda existe. Erguida em 2550 a.C., foi trabalho para muita gente. Estima-se que 100 mil homens tenham participado de sua construção, que levou cerca de 20 anos. Eram homens livres, pagos muitas vezes com comida e cerveja.

Três construções formam o complexo conhecido como Pirâmides de Gizé. Mas apenas a maior, a Grande Pirâmide, é considerada uma das maravilhas. Ela foi construída pelo faraó Quéops (seu nome egípcio era Khufu; Quéops é o nome grego, mais famoso) para ser sua tumba, no platô de Gizé, perto do Cairo. Suas dimensões são monumentais: 137 metros de altura – originalmente eram 147 – e 227 metros em cada lado da base. Ela foi a construção mais alta do mundo até a Torre Eiffel, em Paris, ser inaugurada, em 1889.

“As pirâmides eram obras nacionais, que reuniam todo o Egito, o que ajudava na unificação política”, diz o egiptólogo Antônio Brancaglion, do Museu Nacional do Rio de Janeiro. “Existia, inclusive, uma espécie de fundação que geria os recursos destinados aos salários e materiais necessários para sua construção e manutenção.”

 

Gigante egípcia

Construção foi a mais alta do mundo por mais de 4 mil anos

Feita para brilhar

Quéops mandou revestir toda a parte externa de sua futura tumba com pedra calcária polida. A pirâmide, literalmente, brilhava com a luz do sol e podia ser vista a quilômetros de distância. O revestimento foi saqueado há mais de 600 anos. Hoje existem apenas resíduos dele no topo da maravilha.

Exploração complicada

Além da Câmara do Rei, outras duas são conhecidas: a da Rainha (que, apesar do nome, não abriga a múmia da mulher de Quéops, que foi enterrada fora da Grande Pirâmide) e a Secreta. Para descobrir se há outras salas, os cientistas teriam de usar explosivos, que podem danificar a estrutura da obra.

Sistema de segurança

Entre as medidas tomadas para que o sarcófago do faraó não fosse saqueado, os idealizadores da pirâmide colocaram pedregulhos para bloquear as entradas, portas pesadas de granito, corredores e câmaras vazias para despistar invasores.

Indecisão faraônica

Durante os 20 anos que a pirâmide levou para ser construída, Quéops teria mudado duas vezes de idéia quanto à localização de seu sarcófago. Por fim, acabou optando por uma sala localizada no centro da pirâmide, camada de Câmara do Rei. Quéops teria sido enterrado lá. Mas, quando o local foi explorado, em 820, o sarcófago já estava aberto e vazio.

 

Engenharia misteriosa

Ainda não se sabe como os egípcios levantaram a obra

O caminho das pedras

Existem algumas teorias que explicam como teria sido o processo de construção da Grande Pirâmide. A mais aceita é a de que os blocos eram arrastados sobre troncos de madeira por uma rampa. Outra possibilidade seria uma rampa nas paredes externas do monumento.

Não é magia, é tecnologia

Uma nova teoria, apresentada em março pelo arquiteto francês Jean-Paul Houdini, afirma que os primeiros 43 metros foram construídos com a rampa externa, mas, a partir daí, os blocos foram levados até o topo por meio de rampas internas em espiral.

Pedras preciosas

Duas hipóteses explicam a origem dos 3 milhões de blocos de pedra da pirâmide (cada um tem 2,5 toneladas). Uma é que as tais pedras foram levadas de territórios próximos, de barco pelo rio Nilo, e içadas por cordas pelos operários. Outra é que essas pedras eram sintéticas, feitas com uma espécie primitiva de concreto, à base de calcário, e vazadas em moldes no canteiro de obras.
Acervo

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