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Estudo das calças aponta: câncer matou Napoleão

Estudo das calças aponta: câncer matou Napoleão

Lia Hama Publicado em 01/03/2006, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

A causa da morte de Napoleão Bonaparte foi câncer gástrico e não envenenamento, aponta o estudo de uma equipe suíça. O objeto de pesquisa foram 12 calças que o imperador francês usou entre 1800 e 1821.

Napoleão morreu em 5 de maio de 1821, no exílio na ilha de Santa Helena, Atlântico Sul. Nos últimos dias de vida, segundo relatos médicos, ardia em febre, vomitava um material com cor de café e suas fezes eram pretas. A autópsia realizada na época apontou como causa da morte um câncer de estômago, mesma doença que teria matado seu pai.

No entanto, a descoberta de arsênico nos cabelos do imperador, em 1961, provocou uma reviravolta. Logo surgiram teorias envolvendo traição e envenenamento. Outros cientistas acreditam em erro médico: Napoleão teria recebido uma dose muito alta de tártaro emético, um sal para aliviar suas dores – que teria provocado uma parada cardíaca.

Um dos principais argumentos contra a tese do câncer gástrico era o de que Napoleão estava gordo quando morreu, aos 52 anos – obesidade não compatível com um paciente com câncer. A equipe de pesquisadores da Universidade de Zurique e do Hospital Universitário da Basiléia mediu o tamanho das calças usadas por ele antes e durante o exílio, inclusive a do momento da morte. A conclusão é que Napoleão, que media 1,67 metro, aumentou seu peso de 67 para 90 quilos até 1820. Mas, em 1821, perdeu pelo menos 11 quilos. “A redução é consistente com o diagnóstico de câncer”, afirma o estudante Edson Leandro Minozzo, que escreveu um artigo sobre o tema a ser publicado no Jornal Brasileiro de História da Medicina.

 

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