Filme mostra paixão da solteirona Elizabeth I por um explorador aventureiro
Renata Chiara Publicado em 01/01/2008, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36
Elizabeth nunca se casou. E governou a Inglaterra com mãos de ferro. Não é exagero dizer que a história do país não teria sido a mesma sem ela. Mas a monarca teve lá suas fraquezas. Uma delas atendia pelo nome de Walter Raleigh.
Explorador e aventureiro, o homem teria, diz a lenda, jogado sua capa sobre uma poça d’água para a rainha passar. Mas, na verdade, ele chamou a atenção de Elizabeth – e do resto da corte – lutando contra rebeldes irlandeses. A rainha apaixonou-se por ele e o tornou seu “preferido”.
A história dos dois é contada no segundo filme estrelado por Cate Blanchett sobre a monarca, Elizabeth: a Era de Ouro, e concentra-se entre 1585 e 1588. Na tela, o personagem de Clive Owen é reduzido a um aventureiro maltrapilho. Raleigh, na verdade, foi um dono de terras, comerciante e escritor. O romance entre ele e a dama de companhia preferida da rainha provocou a ira da regente, que expulsou os dois da corte. Na ficção, porém, Elizabeth perdoa o casal.
O filme relata ainda o Complô Babington, um plano para assassinar Elizabeth e fazer de sua prima Maria da Escócia a rainha da Inglaterra. Em 1586, uma investigação do espião Francis Walsingham (Geoffrey Rush na telona) comprovou a participação de Maria no plano. No filme, a arma de Babington falha quando ele tenta atirar em Elizabeth. Na vida real, no entanto, os principais conspiradores foram presos, e Maria condenada à execução.
A decapitação de Maria fez dela um mártir para os católicos e acelerou os planos de Filipe II de invadir a Inglaterra. Católico devoto, o rei espanhol via o protestantismo de Elizabeth como um risco – além disso, queria vingar ataques de piratas ingleses contra embarcações espanholas no Atlântico. Na batalha conhecida como Armada Espanhola, a frota ibérica era mais numerosa, mas sofreu uma derrota vergonhosa em alto-mar. Elizabeth mostra como os ingleses atearam fogo em oito navios e os lançaram contra o inimigo. Com exagero dramático, vá lá, como é praxe em todo bom filme hollywoodiano.
Oswaldo Aranha: O brasileiro que presidiu a assembleia que determinou a partilha da Palestina
Quando enganar o outro virou “conto do vigário”?
Otan x Pacto de Varsóvia: Mundo já esteve refém de suas trocas de ameaças
10 particularidades sobre a Guerra do Paraguai
Georgi Zhukov: o homem que liderou as batalhas mais importantes da URSS na Segunda Guerra
Liberdade, Igualdade, Fraternidade: Há 230 anos, era aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão