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Dentro do regime da Coréia do Norte

Um jornalista brasileiro esteve no país mais fechado do mundo e conta como foi a experiência

Mauro Tracco Publicado em 01/03/2006, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

O jornalista Marcelo Abreu burlou a política externa de um dos países mais hostis do planeta, a Coréia do Norte. Conseguiu um visto alegando ser observador humanitário e professor universitário. A Pyongyang descrita por ele traz a idolatria ao Grande Líder, Kim Il Sung, morto em 1994, e a seu filho, o Querido Líder Kim Jong Il, como o traço mais característico da única nação com uma dinastia comunista.

No país mais fechado do mundo, é assim...

1. O metrô foi feito como abrigo antibombas, toda a população recebe treinamento militar e armas capturadas dos norte-americanos estão em exibição em museus.

2. Na ocupação colonial japonesa, entre 1910 e 1945, mulheres foram forçadas a servir sexualmente os militares invasores.

3. Durante a Guerra da Coréia, cerca de 400 refugiados civis coreanos foram fuzilados por soldados dos EUA.

4. Kim Il Sung foi o governante que mais tempo ficou no poder no século 20. Quase 47 anos.

 

Leitura imperdível

Dedo na ferida

Crimes de Guerra – Culpa e Negação no Século XX, Omer Bartov, Atina Grossman e Mary Nolan, ed. Difel

Crimes de Guerra é um livro que compila, como o título indica, textos sobre os piores crimes de guerra cometidos contra civis em ocupações militares. Veja abaixo alguns dos mais terríveis:

Alemães na II Guerra (1933-1945): 6 milhões de judeus e 20 milhões de civis soviéticos.

Japoneses na II Guerra Sino-Japonesa (1931-1945): 30 milhões, entre chineses, coreanos, filipinos, vietnamitas, cambojanos, indonésios e birmaneses.

Norte-americanos na Guerra da Coréia: Em No Gun Ri, 400 civis foram fuzilados pelos soldados dos Estados Unidos.

Rei dos disfarces

Garbo, o Espião que derrotou hitler, Javier Juarez, ed. Relume-Dumará

Um espanhol chamado Juan Pujol García conseguiu sozinho despistar os nazistas e possibilitar o desembarque das tropas aliadas na Normandia. Garbo, como era conhecido por sua habilidade de interpretação, foi um agente duplo do serviço secreto britânico. Seu trabalho lhe rendeu a Cruz de Ferro, outorgada pelos alemães, que nunca desconfiaram dele. Algumas de suas identidades:

• Piloto da Força Aérea Britânica

• Lingüista anticomunista

• Espiã enviada ao sudeste asiático

• Agente nazista infiltrado em Londres

 

Acervo

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