Coréias promovem 2ª cúpula da história na península
Guilherme Gorgulho Publicado em 01/09/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36
Tecnicamente, ainda em guerra desde a trégua de 1953, as duas Coréias vão realizar em outubro a segunda reunião de cúpula na história da dividida península (a primeira foi em 2000). Na pauta, a ampliação da cooperação entre os dois países. O governo sul-coreano, no entanto, deu sinais de que um tema considerado tabu pode ser apresentado em Pyongyang: a fronteira marítima que divide o norte do sul.
Sem estabelecer um acordo diplomático sobre a divisa após o armistício, Seul e Pyongyang acataram a linha determinada ao final da guerra (1950-1953) pelo comando das tropas das Nações Unidas. Em 1992, entretanto, os dois Estados estabeleceram um pacto que previa a continuação das discussões sobre a fronteira.
No início de agosto, o ministro sul-coreano da Unificação, Lee Jae-Joung, declarou que a fronteira marítima não estava determinada e que a nação deveria “refletir” sobre o episódio em que seis militares da Coréia do Sul morreram defendendo a linha demarcatória contra tropas norte-coreanas em 2002. Segundo o ministro, a divisa tem por objetivo evitar conflitos e se a própria linha é fonte de tensão, o país deve discuti-la. Tal argumento, no entanto, é considerado inaceitável por conservadores da porção sul da península. Até agora, Seul vinha recusando os pedidos de Pyongyang para debater a fronteira marítima, alegando que o tema só poderia ser tratado após os dois países adotarem medidas para confiança mútua no âmbito militar.
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