A Primeira Guerra em imagens realistas
Douglas Portari Publicado em 01/07/2008, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36
O choque entre ultrapassadas estratégias de combate de oficiais de comando e a nova realidade em campo na Primeira Guerra Mundial resulta no massacre dos soldados frente às metralhadoras e bombas inimigas. Um general francês ávido por promoção (Macready) ordena a um de seus regimentos um ataque suicida, cujo previsível fracasso o faz punir a tropa com corte marcial por covardia. Kirk Douglas, no papel do coronel encarregado da missão, e também advogado na vida civil, assume a defesa de seus homens, o que torna o longa um misto de filme antiguerra e de tribunal.
À medida que o processo avança, o coronel percebe os meandros políticos do comando geral do Exército, e o destino já traçado de três de seus soldados, escolhidos para servir de exemplo. A partir de uma história real, Kubrick decalca em imagens realistas as intermináveis trincheiras da Primeira Guerra, criticando aqueles que dirigem o conflito de seus gabinetes – preocupados apenas com suas carreiras – com a certeza de que soldados não passam de peças, cujas mortes, aos milhares, são totalmente aceitáveis. Proibido em vários países, Glória Feita de Sangue só foi liberado na França em 1975.
[Título original] Paths of Glory
[País] Estados Unidos
[Ano] 1957
[Direção] Stanley Kubrick
[Elenco] Kirk Douglas, Ralph Meeker, Adolphe Menjou, George Macready
[Preço do DVD] R$ 62
Fácil de encontrar
Fique de olho
Susanne Christian, a atriz que interpreta a jovem e assustada alemã que canta para os soldados franceses ao final do filme, iria se tornar Christiane Kubrick, mulher do diretor até a morte deste, em 1999.
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