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Notícias / Gaza

Médico francês compara Gaza com o Gueto de Varsóvia: 'Situação está próxima'

Médicos que retornaram de missão humanitária na Faixa de Gaza descreve o que presenciaram; um deles comparou a situação atual com o que os nazista fizeram contra os judeus no Gueto de Varsóvia

Redação Publicado em 19/02/2024, às 14h23

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Registro do Gueto de Varsóvia - Arquivo Federal
Registro do Gueto de Varsóvia - Arquivo Federal

Um médico francês que realizou missão humanitária no Hospital Europeu do Sul, localizado na Faixa de Gaza, comparou a atual situação das vítimas do conflito entre Israel e o Hamas com as vítimas dos nazistas no Gueto de Varsóvia, durante a Segunda Guerra Mundial.

O testemunho do profissional da saúde foi repercutido pelo jornal Le Figaro, da França, e repercutido pela Rádio França Internacional. A reportagem também conta com o testemunho de outro médico, que presenciou o atendimento diário inúmeras pessoas.

Gueto de Varsóvia 

Ao descrever o sofrimento do povo palestino, Raphaël Pitti, professor e anestesista militar, comparou a atual situação com o que os judeus sofreram durante a perseguição nazista na Segunda Guerra. 

"Normalmente os civis conseguem fugir dos combates. Aqui é impossível. A população não tem onde se proteger. Centenas de milhares de pessoas vagueiam pelas ruas em busca de água e comida", afirmou ele, que já atuou em outros conflitos, como a Guerra do Golfo, Síria e até na Ucrânia. 

Após retornar da missão humanitária, Raphaël afirmou que nunca presenciou nada comparado ao que acontece hoje em Gaza. 

"Acho que pode ser semelhante à do Gueto de Varsóvia", no qual "380 mil judeus foram amontoados pelos nazistas desde 1940, em condições de vida desumanas", explica ele. 

Ao mesmo tempo, ele destaca que: "Não estamos no mesmo nível de desnutrição, mas a situação está próxima". 

Atendimento

Pitti também destacou como funciona o atendimento de vítimas do conflito atualmente. Ele disse que as pessoas que apresentam ferimentos mais graves são automaticamente consideradas como mortas. 

“Os feridos mais graves são considerados automaticamente como mortos, principalmente se foram atingidos na cabeça. A maioria morre em poucas horas no corredor, em macas, sem acompanhamento ou sedação, por falta de medicamentos e analgésicos", disse ele.