Novo podcast de J.K. Rowling tenta buscar semelhanças entre extremistas de direita e ativistas trans
A autora dos livros da lendária franquia 'Harry Potter', J.K. Rowling, demonstrou pouco se importar com a sua carreira e seu legado após comentários com teor transfóbico. A escritora se envolveu em diversas polêmicas após falas consideradas preconceituosas pelos internautas e fãs de suas obras.
No seu recém-lançado podcast, "The Witch Trials of J. K. Rowling" (Os Julgamentos das Bruxas de J. K. Rowling, em tradução livre), ela alegou ter sido mal interpretada pelos fãs, mesmo que muitos afirmem que ela arruinou seu legado, como repercutido pelo Tangerina da UOL. O podcast terá, a princípio, sete episódios.
Não poderiam ter me entendido mal mais profundamente [do que isso]”, disse.
Com seus comentários amplamente vistos como transfóbicos, ela declarou que “nunca quis incomodar ninguém”. Em suas declarações neste primeiro episódio do podcast, a autora demonstrou não se importar com seu legado, afirmando que se importa "com os vivos”.
“Não ando pela minha casa pensando no meu legado”, disse. “Sabe, que maneira pomposa de viver sua vida andando por aí pensando: ‘Qual será o meu legado?’ Seja como for, estarei morta. Eu me importo agora. Eu me importo com os vivos.”
Como sugere o próprio nome do podcast, J.K. Rowling tenta traçar um paralelo entre os ataques que sofreu de grupos de extrema-direita sobre seus livros da saga "promoverem a bruxaria" de alguma forma prejudicial, com as recentes polêmicas que se envolveu em decorrência de suas declarações a respeito de pessoas trans.
Na introdução do primeiro episódio do programa, a apresentadora Megan Phelps-Roper inicia o podcast com: “O que há nessa mulher e em seu trabalho que atraiu a ira de grupos muito diferentes de pessoas ao longo do tempo?”, na tentativa de relacionar os intolerantes de direita que queriam banir e queimar os livros de 'Harry Potter' e os ativistas trans que ameaçaram a autora.