O continente tem sido observado com cautela por autoridades sanitárias do mundo todo após o surgimento da variante Omicron
A China se comprometeu, durante a última segunda-feira, 29, a entregar mais de 1 bilhão de doses de vacina contra o novo coronavírus para países que compõem a África, conforme anunciado pelo próprio presidente chinês, Xi Jinping, quintuplicando o número de doações já feitas para o continente, que já recebeu cerca de 200 milhões de doses.
O comunicado acrescentou que haverá um incentivo para que empresas chinesas invistam ao menos US$ 10 bilhões (R$ 56 bilhões, na cotação atual) em países africanos nos próximos três anos.
Contudo, 60% dos imunizantes oferecidos serão doados por completo, enquanto outros 40% serão com insumos oferecidos para a produção local em países com maior estrutura no continente.
Além das medidas, iniciará a aplicação de dez projetos de saúde com o envio de 1,5 mil especialistas sanitários para sondar o crescimento de casos de covid-19, em especial a variante Ômicron, recém-descoberta na África do Sul. Os anúncios foram realizados na abertura do Fórum de Cooperação China-África.
Apesar de solidária, a disponibilização de uma linha de crédito alta para instituições financeiras africanas acarreta em críticas de especialistas, como informou a CNN Brasil; tais acordos podem sobrecarregar países com dívidas insustentáveis, como ocorre na República Democrática do Congo, que revisa um acordo de 6 bilhões de dólares com a China temendo ser prejudicado.