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Notícias / Ditadura

Vereador quer substituir presidente da ditadura por Eunice Paiva em nome de rua

Proposta de Pedro Rousseff visa substituir nome de ex-presidente militar por homenagem à advogada e ativista dos direitos humanos

por Thiago Lincolins
tlincolins_colab@caras.com.br

Publicado em 25/01/2025, às 12h20

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A rua em Belo Horizonte (à esqu.) e Eunice Paiva (à dir.) - Reprodução/Google Street View e reprodução/Vídeo
A rua em Belo Horizonte (à esqu.) e Eunice Paiva (à dir.) - Reprodução/Google Street View e reprodução/Vídeo

O vereador Pedro Rousseff, que representa o Partido dos Trabalhadores (PT), apresentou uma proposta para renomear uma rua em Belo Horizonte em homenagem à advogada Eunice Paiva, que teve sua vida retratada em "Ainda Estou Aqui".

A proposta de homenagear Eunice Paiva é especialmente significativa, uma vez que ela é viúva do deputado Rubens Paiva, que foi torturado e assassinado durante a ditadura.

O projeto foi formalizado na última quinta-feira, 23. A via em questão, atualmente denominada Presidente Costa e Silva, está localizada no Barreiro e leva o nome de ex-presidente associado ao regime militar que governou o Brasil.

Rousseff caracterizou a alteração como uma ação "simbólica e pedagógica (...) substituindo referências a figuras associadas à repressão por homenagens a pessoas que dedicaram suas vidas à luta pela democracia e pelos direitos humanos. Pedagógica, pois este ato não visa apenas reparar uma injustiça histórica, mas também educar as novas gerações sobre o valor da memória e a importância de mantermos viva a vigilância contra o autoritarismo", repercute O Povo.

Arthur da Costa e Silva, o presidente cuja memória é objeto da proposta de alteração, ocupou o cargo entre 1967 e 1969 e foi responsável por editar o Ato Institucional Número Cinco (AI-5), que intensificou o que já era uma ditadura, quatro anos após o golpe. 

O filme

O longa-metragem "Ainda Estou Aqui" retrata a vida de Eunice, interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, apresentando sua transformação de dona de casa a ativista dos direitos humanos após o desaparecimento de seu marido.

A narrativa se passa em 1970 e ilustra não apenas a luta pessoal de Eunice por justiça, mas também o impacto da repressão na vida de inúmeras famílias brasileiras no período dos Anos de Chumbo.