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Notícias / Mundo

Família de menino que morreu em hospital exige investigação após falhas

Pais de Muhammad Ayaan Haroon questionam conclusão de que morte não poderia ter sido evitada, apesar de falhas nos cuidados

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 30/01/2025, às 17h00

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Muhammad Ayaan Haroon - Reprodução/Vídeo/ShotsTV
Muhammad Ayaan Haroon - Reprodução/Vídeo/ShotsTV

A família de Muhammad Ayaan Haroon, um menino de cinco anos que faleceu no Hospital Infantil de Sheffield, na Inglaterra, em março de 2023, expressou sua indignação com o relatório que investiga sua morte. Apesar de o documento apontar para um "catálogo de erros" nos cuidados prestados ao menino, conclui que sua morte não poderia ter sido evitada. 

Ayaan sofria de problemas respiratórios e uma condição genética rara chamada Hace1. Ele foi internado no hospital em 5 de março de 2023 com uma infecção respiratória e faleceu oito dias depois. 

Após a morte do menino, a família apresentou uma série de reclamações sobre o atendimento que ele recebeu. Um relatório preliminar da Niche Health and Social Care Consulting concluiu que a família recebeu "cuidados de luto precários" e que houve uma "sensibilidade cultural substancialmente inadequada" por parte do NHS Trust. 

O relatório também aponta que houve falhas nos cuidados de Haroon, incluindo uma transferência mais lenta para a terapia intensiva, a inserção tardia de um dreno torácico e a demora na intubação. Apesar disso, o relatório conclui que é improvável que essas mudanças teriam alterado o resultado. 

Essa conclusão é inaceitável para o pai, Haroon Rashid. Em entrevista ao The Independent, ele disse: "Vemos isso como um encobrimento. Como você pode criticar cada elemento de seu cuidado e os muitos aspectos de preocupação e dizer que o resultado não teria mudado?".

Reclamações

Segundo o 'Independent', a família exige uma nova investigação e questiona como é possível que, mesmo com tantas falhas no atendimento, a morte de Ayaan não pudesse ter sido evitada. 

Entre as reclamações da família, está o fato de que o garoto foi levado para o necrotério com uma fralda suja e que a equipe do hospital não entrou em contato com a funerária antes de liberar seu corpo. Além disso, a família relata que podia ouvir funcionários rindo nas proximidades durante os momentos finais de Muhammad.

O relatório reconhece que a unidade estava movimentada e não havia uma sala lateral disponível para dar suporte a uma morte digna e privada, o que aumentou a angústia da família. 

O relatório também aponta que a equipe não verificou se havia desejos culturais específicos da família para os últimos ritos de Ayaan e o manejo de seu corpo, o que pode ser considerado indiretamente discriminatório. 

A família está devastada com a perda do filho e clama por justiça. Eles esperam que uma nova investigação possa trazer respostas e evitar que outras famílias passem pelo mesmo sofrimento.