Machado de Assis: 8 obras para conhecer o melhor da carreira do autor
De 'Dom Casmurro' a 'Quincas Borba', reunimos alguns trabalhos de Machado de Assis que não podem faltar na estante dos amantes da literatura nacional
Redação Publicado em 29/08/2024, às 16h30
Machado de Assis é uma das figuras mais emblemáticas da literatura brasileira, e suas obras oferecem uma visão profunda e crítica da sociedade do século XIX. Neste texto, apresentamos oito livros essenciais para quem deseja explorar o melhor da carreira desse mestre da literatura. Essas leituras são, inclusive, uma porta de entrada para o universo rico e complexo de Machado de Assis.
"Dom Casmurro", publicado em 1899, é um dos romances brasileiros mais profundos e analisados, explorando o ciúme e a traição com sutileza e inteligência. O livro examina a suspeita de infidelidade de Capitu e a manipulação dos fatos por Bentinho, sendo uma leitura obrigatória para o vestibular da Fuvest e um marco na prosa ocidental do século XIX. Críticos renomados, como Roberto Schwarz e Susan Sontag, destacam sua importância e complexidade.
Publicado em 1880, "Memórias Póstumas de Brás Cubas" é um clássico da literatura brasileira e precursor do Realismo. Narrado por um defunto que critica a sociedade de seu tempo, o livro oferece uma leitura envolvente apesar da linguagem arcaica. Esta edição especial inclui o texto integral, explicações adicionais, ilustrações e um mapa dos personagens para facilitar a compreensão da trama.
"Quincas Borba", publicado em 1891, é um dos principais romances da fase realista de Machado de Assis, situando-se entre "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e "Dom Casmurro". A obra narra as desventuras de Rubião, herdeiro do filósofo Quincas Borba, na capital do Império, e é uma leitura obrigatória para vestibulares como UERJ e Fuvest. Apesar de muitas vezes subestimada, a narrativa sofisticada e irônica explora conflitos psicológicos e a crítica social com a marca distintiva de Machado.
Publicado há mais de 130 anos, "O Alienista" de Machado de Assis é um clássico da literatura brasileira que oferece uma crítica mordaz à ciência e à loucura. O romance narra a história do médico Simão Bacamarte e sua fundação da Casa Verde para estudar a psiquiatria, refletindo sobre desvios, normalidade e a linha entre loucura e razão. Com uma sátira política e comédia de costumes, a obra é acompanhada por uma introdução esclarecedora do crítico britânico John Gledson.
"Esaú e Jacó" (1904) é um romance de Machado de Assis narrado pelo sarcástico Conselheiro Marcondes Aires, que observa a rivalidade entre os gêmeos Pedro e Paulo e sua mãe, Natividade. A obra, rica em intrigas e episódios divertidos, revela a maestria de Machado na crítica aos tipos sociais da Corte do final do século XIX. É um livro enigmático e denso, que vem recebendo crescente atenção da crítica literária.
"Helena" (1876), da fase romântica de Machado de Assis, já apresenta traços que antecipam seu futuro realismo. O romance conta a história de Helena, uma jovem de origens humildes que se torna herdeira de um conselheiro carioca, e seu relacionamento complicado com seu meio-irmão Estácio, envolvendo temas de incesto e conflitos de classe no Brasil do século XIX, culminando em um final surpreendente.
"Memorial de Aires" (1908), último romance de Machado de Assis, é escrito em forma de diário e oferece um retrato íntimo da velhice e da sociedade brasileira. Publicado no ano da morte do autor, o livro narra as experiências do diplomata aposentado José da Costa Marcondes Aires durante os anos centrais de 1888 e 1889, revelando a solidão e complexidade da vida. A obra, que se destaca pela sua profundidade e ambiguidade, reflete sobre a realidade social e a condição humana.
"Contos Fluminenses" (1870) revela o talento de Machado de Assis para explorar a alma humana e suas contradições com um tom moral e humorístico. Publicada no início de sua carreira como contista, a obra marca seus primeiros passos em um gênero ainda novo no Brasil, antecipando sua futura importância como o maior contista brasileiro.
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