Lâmpada Centenária de Livermore - Divulgação/centennialbulb.org
Lâmpada de Livermore

A enigmática lâmpada de Livermore, acessa há mais de um século

Funcionando desde 1901, lâmpada inventada por Adolphe Chaillet entrou para o Guinness e é alvo de teorias da conspiração

Victória Gearini Publicado em 21/06/2020, às 08h00 - Atualizado em 09/01/2023, às 10h32

A Centennial Bulb (Lâmpada Centenária, em tradução livre) ficou famosa entre os internautas e ganhou sua própria página no Facebook, além de ser filmada 24 horas por dia. O motivo insólito está associado ao seu foco de luz elétrica, que está aceso a mais de 100 anos. 

Trajetória da misteriosa lâmpada 

Esta lâmpada foi feita à mão em 1897 pela Shelby Electric Company, sendo seu fundador Adolphe Chaillet — um dos maiores concorrentes de Thomas Edison. Medindo oito centímetros, o objeto centenário possui uma forma mais arredondada em comparação a lâmpadas modernas.

Segundo o Guinness Book, este artefato está instalado em uma unidade do corpo de bombeiros da cidade de Livermore, na Califórnia (EUA). Sua origem é datada em 1901, quando os bombeiros da região a colocaram na sede do departamento, a fim de, se manterem iluminados dia e noite, possibilitando maior prontidão quando recebessem chamados. 

Retrato da Shelby Electric Company / Crédito: Divulgação/Shelby Ohio Museum 

 

Conforme os anos foram passando, o foco de luz não se apagou, diferentemente de outras lâmpadas que em pouco tempo queimam. O fato atraiu a curiosidade de inúmeras pessoas, até que, em 1976, o caso entrou para o Guinness. Neste mesmo ano, a equipe se mudou para uma nova sede, e consequentemente, levaram a intrigante lâmpada junto. 

Preocupados que ela pudesse quebrar, as autoridades da Califórnia planejaram uma operação cuidadosa, a fim de, transportá-la em segurança. Segundo os registros, ela nunca ficou um dia inteiro apagada, apenas nesta ocasião, por apenas 22 minutos.

Teorias conspiratórias x científicas 

Em 2010, o documentário espanhol "A Conspiração da Lâmpada de Luz" sugeriu que este objeto comprova a teoria da "obsolescência programada", isto é, de que os produtos são feitos para ter uma vida útil limitada, forçando as pessoas a consumirem cada vez mais.

A produção reforça a ideia de que inventores como Chaillet estavam mais preocupados em criar utensílios de longa duração, do que fabricar produtos moldados para o consumismo exacerbado. 

Planta da Shelby Electric Company / Crédito: Divulgação/Shelby Ohio Museum 

 

No entanto, uma das teorias científicas mais aceitas, é de que já lâmpada não sofreu o desgaste de ser apagada e acendida várias vezes, o fato ainda contribui para conservar o objeto, proporcionando longevidade. 

Acredita-se, que inicialmente ela emitia 30 watts, mas conforme o destaque pelo O Tempo, hoje em dia emite um foco de luz de aproximadamente 4 watts. No entanto, a sua durabilidade continua um mistério. 

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