Um dos maiores sucesso da história do cinema quase foi protagonizado por Elvis Presley, que lamentou ter recusado a oferta
Thiago Lincolins Publicado em 17/11/2024, às 14h20
No início da produção de 'Nasce uma Estrela', lançado em 1976, a atriz Barbra Streisand queria Elvis Presley como seu par romântico na tela. Contudo, essa possibilidade foi frustrada por orientação de Tom Parker, empresário de Presley, que desaconselhou o cantor a aceitar o papel. Assim, o personagem foi interpretado por Kris Kristofferson.
"Barbra ofereceu o papel a ele", disse Priscilla à People. "O coronel o convenceu a não fazer isso dizendo: 'Oh, não vai ser bom. Ela vai ficar no comando, não você. O filme dela, não o seu.' Elvis se arrependeu porque sentiu que poderia ter feito aquele papel."
A turbulenta relação entre Elvis e seu empresário é abordada no novo documentário da Netflix, "O Retorno do Rei: Queda e Ascensão de Elvis Presley", disponível na plataforma.
A produção revisita como Parker prendeu Elvis em um contrato cinematográfico de longa duração após seu retorno do Exército em 1960, um fato explorado na cinebiografia 'Elvis', do diretor Baz Luhrmann.
Com o passar dos anos, Elvis se mostrava cada vez mais insatisfeito e frustrado com os roteiros que recebia.
Um dia ele estava lendo um roteiro, e ele o jogou do outro lado da sala e disse, 'Eu não vou fazer isso'", afirmou Jerry Schilling, amigo do artista.
Priscilla, aos 79 anos, reflete sobre as aspirações artísticas de Elvis: "Ele queria estar em grandes filmes, não nas produções banais como 'Girls Girls Girls' ("Garotas, Garotas e Mais Garotas"). Isso não era o verdadeiro Elvis." Ela acrescenta: "O Coronel não o compreendia realmente. Era difícil para mim e para Jerry ver isso sem poder contestar."
Schilling recorda a admiração de Elvis por James Dean e Marlon Brando. Após a morte precoce de Dean em 1955, Parker propôs ao produtor Hal Wallis que considerasse Elvis para o papel de Dean em "King Creole" ("Balada Sangrenta"), de 1958.
"O Coronel foi até Hal e disse: 'Que tal Elvis para esse filme?'", relembrou Schilling. "Porque Elvis realmente queria esse tipo de filme. Hal foi até Michael Curtiz, o diretor, e ele disse: 'Nada de Elvis.' Hal e o Coronel disseram: 'Por que vocês não almoçam, só se encontram com ele?' Michael se apaixonou por Elvis como ator. No final daquele filme, que era seu quarto, Elvis foi até Michael e disse: 'Obrigado, Sr. Curtiz. Agora eu entendo o que é um diretor.'"
Contudo, os papéis subsequentes não proporcionaram a realização criativa desejada por Elvis. Seu renascimento artístico apenas ocorreu com o especial televisivo "68 Comeback Special", exibido pela NBC em 3 de dezembro de 1968.
Embora Parker desejasse um especial natalino tradicional e familiar no estilo de Bing Crosby, Elvis insistiu em retomar suas raízes no rock and roll.
"O Coronel veio da velha escola, onde queria que Elvis fosse Bing Crosby fazendo um especial de Natal, em vez de fazer um gospel sexy de rock and roll, como o especial de 68", afirmou Schilling.
O especial televisivo se tornou o programa de maior audiência do ano para a NBC. Após a explosão em audiência, Elvis Presley concentrou seus esforços em apresentações ao vivo, realizando centenas de shows até seu falecimento aos 42 anos, em 1977.
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