'Caos: Os Crimes de Manson' chega ao catálogo da plataforma de streaming nesta sexta, 7; saiba mais sobre o lunático líder e a Família Manson!
Fabio Previdelli Publicado em 05/03/2025, às 18h00
Na sexta-feira, 7, chega ao catálogo da Netflix o documentário 'Caos: Os Crimes de Manson'. Baseado no livro de Tom O'Neill e Dan Piepenbring, 'CHAOS: Charles Manson, the CIA, and the Secret History of the Sixties', a produção recorda a seita e os crimes liderados por Charles Manson.
No final dos anos 1960, a Família Manson, como os seguidores do líder lunático eram chamados, matou sete pessoas em Los Angeles: incluindo Sharon Tate (esposa do diretor Roman Polanski) e o casal LaBianca.
Agosto de 1969: seguidores de Charles Manson matam sete pessoas a mando dele. Mas por quê? Explore uma história sobre controle mental, experimentos da CIA e assassinato", diz a sinopse disponível pela Netflix.
Antes do documentário chegar à plataforma de streaming, relembre 5 coisas que você precisa saber sobre Charles e a Família Manson.
Ex-presidiário com sonho de se tornar músico. Líder de um culto apocalíptico, Charles Manson ordenou que seus seguidores realizassem uma matança brutal. Seu plano era que os crimes fossem atribuídos aos afro-americanos — o que causaria uma guerra racial que o faria ascender ao poder.
A visão de Manson teria sido extraída das entrelinhas de 'Helter Skelter' (nome de uma das faixas do Álbum Branco do Beatles, lançado em 1968). Usando uma visão distorcida da faixa, o culto de Manson ainda misturava a filosofia hippie, a cientologia, livro bíblico do Apocalipse e até mesmo escritos de Adolf Hitler.
Seus seguidores ficaram conhecidos com a família Manson — jovens de diversas partes dos Estados Unidos que viviam em diversas partes de Los Angeles até se estabelecerem no infame rancho Spahn; local onde Manson pregava regularmente.
Em agosto de 1969, a mando de Charles, a família Manson protagonizou uma série de assassinatos em Los Angeles. Na madrugada entre os dias 8 e 9, os membros do grupo invadiram a casa na 10050 Cielo Drive, onde estava hospedada a atriz Sharon Tate — esposa do diretor de cinema Roman Polanski.
Tate, que estava grávida, foi brutalmente esfaqueada até a morte com seus quatro amigos. As vítimas foram, além de Tate e seu filho ainda não nascido, Abigail Folger, Jay Sebring, Wojciech Frykowski e Steven Parente.
Já nas primeiras horas do dia 10, seis membros da seita assassinaram o dono de uma mercearia e sua esposa, Leno e Rosemary LaBianca, respectivamente. Os crimes levaram a uma histeria coletiva por moradores de Los Angeles.
Charles Manson foi preso apenas alguns dias depois dos assassinatos e levado à Justiça com 'Tex' Watson, Susan Atkins, Patricia Krenwinkel e Leslie Van Houten — que tinha apenas 19 anos. Vale ressaltar, porém, que a lista de membros da família Manson é muito mais longa que isso.
Inicialmente, Charles alegou que não tinha participação em nenhum dos crimes, e chegou até mesmo a provar isso. Mas o promotor do caso, Vincent Bugliosi, convenceu o júri popular que o homem havia influenciado seus seguidores a matar.
Durante seu julgamento, Manson não só demonstrou seu ódio pela humanidade como declarou que seus seguidores eram "rejeitados pela sociedade". Conforme relembra artigo da Rolling Stone internacional, a promotoria o considerou "o homem mais maligno e satânico que já caminhou na face da Terra".
Em 19 de abril de 1971, Manson e seus outros seguidores mencionados foram condenados à morte. Porém, com a mudança da pena de morte no estado da Califórnia, que foi abolida no ano seguinte, eles foram julgados novamente e sentenciados à prisão perpétua.
Charles Manson, porém, teve um destino diferente: ele morreu de parada cardíaca, decorrente de insuficiência respiratória causada por um câncer de cólon, em 19 de novembro de 2017, aos 83 anos; enquanto estava internado em um hospital de Bakersfield. Em julho de 2023, Leslie Van Houten deixou a prisão após 50 anos.
Os assassinatos de Sharon Tate e o casal LaBianca abalaram a cidade de Los Angeles — e o mundo — em 1969. Além disso, o caso levantou uma grande questão: como um homem poderia convencer um grupo a atos tão crueis?
Essa é uma das respostas que 'Caos: Os Crimes de Manson' tenta responder. O documentário explora as ligações entre Charles Manson, drogas psicodélicas, a CIA e figuras nefastas da máfia (como Jack Ruby, que matou o assassino de JFK, Lee Harvey Oswald).
A produção convida os espectadores a questionar os papeis de atores conhecidos e instituições poderosas em uma exploração instigante das correntes culturais e políticas ocultas dessa era tumultuada.
"Eu me vi preso em várias histórias de crimes reais, e os assassinatos de Manson são peculiares. Você poderia encapsular o mistério em apenas uma pergunta: como Manson conseguiu convencer as pessoas ao seu redor de que matar era aceitável?", questiona o diretor Errol Morris ao Tudum, da Netflix.
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