Derivado da animação que entrou para a História, o live-action de Branca de Neve chega aos cinemas na quinta-feira, 20; confira detalhes
Thiago Lincolins Publicado em 17/03/2025, às 21h00
Clássico lançado pela Walt Disney em 21 de dezembro de 1937, "Branca de Neve" entrou para a História. Um dos primeiros longa-metragem de animação do cinema ganhou uma versão live-action.
Com Rachel Zegler como Branca de Neve, o filme ainda trará a atriz Gal Gadot como a Rainha Má. Enquanto Andrew Burnap viverá o Príncipe Encantado.
Com a estreia batendo na porta, separamos cinco coisas que você precisa saber antes de assistir ao filme. Confira abaixo!
O live-action carrega um significado especial: foi o primeiro longa-metragem de animação de Walt Disney.
A história gira em torno da princesa e a Rainha Má. Ela, movida de inveja pela beleza e juventude da personagem, elabora um plano para matá-la. Desesperada, Branca de Neve encontra abrigo numa casa mantida por sete anões na floresta.
A história ganha contornos trágicos quando a vilã a envenena com uma maçã. Felizmente, Branca de Neve desperta do sono profundo após receber o beijo de um príncipe. No final, ela se casa com o seu herói e vive feliz para sempre.
Embora tenha ficado popular na versão encantada de Walt Disney, a história da princesa surgiu num conto escrito pelos talentosos irmãos Grimm: Jakob e Wilhem. Inclusive, a saga da jovem Branca de Neve foi criada pela dupla em 1812.
Anos depois, a história foi adaptada por Walt, que criou um verdadeiro clássico. Wolfgang Reitherman, animador que trabalha no Walt Disney Studios, destacou a importância da animação no documentário "Primeiro Longa-Metragem da Disney: Criando Branca de Neve e os Sete Anões".
"Walt sempre teve a intenção de fazer esse filme e nunca teria se contentado em fazer apenas curtas-metragens. Ele adorava a história da Branca de Neve e nela pôs mais de si mesmo do que em qualquer outro filme", explicou Wolfgang.
Ao conversar com a Variety em 2023, Rachel Zegler explicou que a princesa terá um toque 'moderno'.
"A realidade é que o desenho animado foi feito há 85 anos e, portanto, é extremamente antiquado quando se trata de ideias de mulheres em papéis de poder e para o que uma mulher serve no mundo", destacou a atriz.
Já Gal Gadot explicou que "Ela [Branca de Neve] não vai sonhar com o amor verdadeiro. [Estará mais focada em ser] a líder que seu falecido pai disse que ela poderia ser se fosse destemida, justa, corajosa e verdadeira".
Outra mudança ocorreria em relação ao Sete Anões. Em 2022, o The Wrap, a Disney decidiu substituir os personagens por “criaturas mágicas”. Em comunicado ao veículo, a companhia explicou que "Para evitar reforçar os estereótipos do filme de animação original, estamos adotando uma abordagem diferente com esses sete personagens e consultando membros da comunidade de nanismo".
O animador David Hale Hand, filho de David Hand, diretor da animação ao lado de Walt, reprovou a 'nova versão' da história. Para ele, o pai e criador do Mickey Mouse estariam se 'revirando no túmulo'.
“Eles estão inventando coisas novas e eu simplesmente não gosto de nada disso. Acho francamente um pouco ofensivo o que eles podem ter feito com alguns desses filmes clássicos. [A Disney] não deveria pegar um clássico e reescrevê-lo à sua própria imagem. Escolha fazer outra coisa... Crie novos personagens, mas não destrua ou tente destruir um clássico", lamentou David ao The Telegraph.
Sem dúvidas, se tornou um dos mais controversos live-action da Disney. Alvo de ataques racistas por ter ascendência latina, Rachel foi criticada por não ter "pele branca como a neve", descrição famosa da personagem. Ao mesmo tempo, a atriz dividiu opiniões ao revelar que assistiu à animação apenas uma vez, entretanto, a desaprovou por ser "antiquada".
Ao mesmo tempo, internautas alimentaram uma rixa entre Gal e Rachel. Isso porque a atriz que interpreta a vilã da história é israelense e defende o país a medida em que o conflito com o Hamas ganha força.
Já a intérprete da mocinha do longa defendeu a Palestina em diferentes momentos. Após a divulgação do trailer, Zegler apoiou o país com uma publicação que dizia: “Palestina livre”. Também chamou atenção que, em meio a divulgação do filme, as atrizes seguiram estratégias de marketing isoladas.
Na última sexta-feira, 14, a revista People informou que isso ocorre, pois, as duas 'não se gostam'. O veículo explicou que as artistas não têm nada em comum, o que inclui a visão política. Também foi dito que as tensões surgiram após as gravações. De qualquer maneira, vale lembrar que Rachel e Gal estiveram juntas na última edição do Oscar e na pré-estreia do longa nos Estados Unidos.
Apesar das polêmicas, o remake tem sido elogiado pela crítica especializada. Katcy Stephan, repórter da Variety, por exemplo, afirmou que Zagler conseguiu ser “brilhante” como Branca de Neve. Ele também elogiou o roteiro.
Já Matt DeGroot, da Crooked Media, afirmou que “Rachel Zegler é uma estrela absoluta, (a maioria) as novas canções são legais e lindamente atuadas, e a paleta visual é suntuosa e vibrante. Gal Gadot tem lindas capas".
Enquanto a animação de 1937 pode ser assistida no catálogo do Disney+, o live-action estreia nos cinemas brasileiros na quinta-feira, 20.
Como a arqueologia ajuda a reescrever a história das mulheres no cristianismo
Adolescência: como a vida real inspirou a série chocante da Netflix
A história das crianças sequestradas por militares durante a ditadura militar
1883: 5 coisas para saber antes de assistir a série
The Chosen: Saiba o que foi a 'Última Ceia', tema da nova temporada
Confira a ordem cronológica para assistir às séries do universo 'Yellowstone'