Encontrado em cemitério de cremação na Bélgica, esqueleto com ossos de cinco indivíduos diferentes surpreendeu estudiosos
Redação Publicado em 07/11/2024, às 20h40
Recentes investigações arqueológicas em um cemitério de cremação romano na cidade belga de Pommeroeul revelaram achados surpreendentes sobre um esqueleto peculiar.
Este esqueleto, inicialmente descoberto na década de 1970 entre outros 76 sepultamentos, foi alvo de uma nova análise que trouxe à tona detalhes intrigantes sobre a história antiga da região.
A análise conduzida por uma equipe internacional liderada pela pesquisadora Barbara Veselka utilizou avançadas técnicas de datação por radiocarbono e sequenciamento de DNA antigo.
O estudo revelou que os ossos pertenciam a, pelo menos, cinco indivíduos diferentes, oriundos de períodos históricos diversos, remontando a até 2.500 anos antes do que se acreditava. Estes resultados foram publicados recentemente na revista científica "Antiquity".
O esqueleto em questão chamou a atenção por ter sido encontrado em posição fetal, algo incomum para sepulturas romanas, e, curiosamente, apresentava uma mistura de ossos datados de diferentes momentos do Neolítico até a era romana.
Entre os artefatos encontrados junto ao esqueleto estava um pino ósseo romano, cuja datação indica origem entre 69 e 210 d.C., enquanto a análise genética do crânio revelou pertencer a uma mulher do período romano.
"É provável que mais de 5 indivíduos tenham contribuído para construir o 'indivíduo', mas 5 foram confirmados por DNA", disse a especialista Barbara Veselka, ao Live Science. "Um pino de osso romano encontrado perto do crânio foi datado por radiocarbono de 69 a 210 d.C., e a análise genética do crânio determinou que era de uma mulher que viveu na época romana, por volta do terceiro ao quarto século".
As descobertas levaram os arqueólogos a teorizar como esses restos mortais puderam ser reunidos. Uma hipótese sugere que os romanos, ao enterrarem seus mortos cremados, podem ter acidentalmente perturbado uma antiga sepultura neolítica e, inadvertidamente, incorporado partes dessa sepultura em seu próprio enterro.
Outra teoria propõe que os romanos poderiam ter deliberadamente montado um esqueleto composto por ossos dispersos como forma de conectar-se espiritualmente aos antigos habitantes da região.
Os pesquisadores consideram que essa prática pode ter sido motivada por superstições ou pela necessidade de criar uma ligação simbólica com os ancestrais neolíticos da área.
Além disso, a escolha do local para sepultamento pode ter sido influenciada pela proximidade de um rio, elemento geográfico frequentemente valorizado tanto por sua importância prática quanto espiritual ao longo das eras.
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