Brasileiro que trabalhava como eletricista em Londres foi morto ao ser confundindo com terrorista; caso completará 20 anos em 2025
Redação Publicado em 11/11/2024, às 11h00 - Atualizado às 13h09
O policial responsável pelo disparo fatal contra o brasileiro Jean Charles de Menezes em uma operação policial mal conduzida, logo após os atentados de 7 de julho de 2005, em Londres, quebrou o silêncio.
+ Confundido com terrorista e brutalmente assassinado: O caso Jean Charles de Menezes
O oficial, conhecido apenas como C12, admitiu que não pretende encontrar a família da vítima brasileira, temendo que o encontro possa tornar sua vida "insuportável".
Jean Charles, com 27 anos na época, trabalhava como eletricista. Ele foi alvejado por engano no metrô de Stockwell, em 22 de julho de 2005, ao ser confundido com um terrorista suicida, resultando na morte trágica e injustificada do jovem.
Este evento se transformou em uma das maiores crises enfrentadas pela polícia britânica, culminando em uma multa de 560 mil libras imposta à Polícia Metropolitana por colocar o público em risco.
No documentário 'Shoot to Kill: Terror on the Tube' exibido em duas partes neste final de semana no Channel 4, C12 reconheceu que o sofrimento da família de Menezes é incomensuravelmente maior que o seu próprio.
Estou sofrendo, mas meu sofrimento não se compara ao deles", afirmou o oficial, repercute o The Independent.
Durante a entrevista, C12 relembrou o momento em que apertou o gatilho, acreditando estar prestes a morrer junto com seus colegas. Apesar de não lembrar claramente do rosto de Menezes, ele descreveu a sensação constante de remorso como uma "ferida aberta". O ex-policial, aposentado recentemente, após 40 anos de serviço, enfatizou a necessidade de explicar suas ações à família da vítima de maneira respeitosa.
O incidente ocorreu após a polícia ter seguido Menezes equivocadamente, acreditando que ele fosse parte de um grupo que havia tentado detonar bombas no sistema de transporte da capital britânica no dia anterior.
Relatos iniciais sugeriram erroneamente que Menezes teria fugido dos policiais e pulado as barreiras do metrô. No entanto, documentos posteriormente vazados pela Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC) confirmaram que ele havia usado seu cartão Oyster para acessar a estação e já estava sentado no trem quando foi alvejado.
C12 explicou que recebeu ordens para impedir Menezes de embarcar no metrô sob o código "estado vermelho" após ser seguido por agentes à paisana desde o edifício onde residia o verdadeiro suspeito, Hussein Osman.
Após a tragédia e descobrirem sua identidade verdadeira através do documento encontrado com Menezes, a polícia compreendeu que haviam cometido um erro fatal. O verdadeiro suspeito foi detido dias depois em Roma.
Os desdobramentos desse evento impactaram profundamente a vida pessoal do oficial C12, causando-lhe estresse extremo e pesadelos frequentes em sua filha.
Apesar da ausência de acusações individuais contra os envolvidos no caso Menezes, a Polícia Metropolitana foi responsabilizada por falhas operacionais sob a liderança de Cressida Dick.
Um porta-voz da Met Police expressou profundo pesar pelo incidente e reafirmou seu compromisso com as recomendações feitas pela IPCC para prevenir futuras tragédias. "Nenhum oficial começa seu turno com a intenção de tirar uma vida; nosso propósito é exatamente o oposto", declarou.
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