'O Maníaco do Parque' resgata a voz das vítimas, aponta pesquisadora

O lançamento de 'O Maníaco do Parque' no Prime Video reacende um debate crucial sobre a forma como a mídia e a sociedade abordam casos de violência contra a mulher. A produção, que mergulha na história de um dos crimes mais chocantes do Brasil, inova ao dar voz às vítimas e questionar a versão do assassino, que sempre esteve no centro das atenções.

A importância desse filme é trazer, após tantos anos, o foco dessa narrativa para onde ela nunca esteve e para onde precisa estar: a visão das mulheres que tiveram a vida atravessada pelo Francisco", afirma Thaís Nunes, pesquisadora do caso, ao Splash.

Ao longo dos 98 minutos, a produção desmistifica a imagem do maníaco construída pela mídia e explora as consequências devastadoras de seus crimes para as vítimas. "Elas se sentiram, esses anos todos, como vítimas novamente, foram culpabilizadas pelos atores da Justiça, pela mídia e pela sociedade", destaca Thaís. "Essa é a primeira vez em que essa história será contada sem ser a narrativa do Francisco no centro".

Busca por justiça

A jornalista Helena, interpretada por Giovanna Grigio, representa a busca por justiça e verdade nesse cenário. Sua jornada a leva a questionar a narrativa dominante e a dar voz às mulheres que foram silenciadas. "A Helena representa uma jornalista que vive numa redação tóxica, machista, e ela, buscando seu lugar ao sol, está ali lutando contra esses homens", explica o diretor Maurício Eça.

Segundo o UOL, além da série, o documentário 'Maníaco do Parque: A História Não Contada', também produzido por Thaís Nunes, chega ao Prime Video no dia 1º de novembro, aprofundando ainda mais a discussão sobre o caso e suas implicações.