A obra é uma forma de homenagear a vida da editora responsável por trazer o livro em português pela primeira vez
Caio Tortamano Publicado em 14/09/2020, às 18h00
Lançado 534 anos atrás, o livro O Martelo das Feiticeiras poderia ser somente mais uma obra histórica e clássica a ser relançada nos dias atuais, se não fosse sua natureza insólita: era um manual para combater bruxaria durante a Inquisição.
O relançamento virá em outubro, como forma de homenagear os 90 anos que Rose Marie Muraro estaria completando caso estivesse viva. Muraro foi a primeira a editar o livro para português, lançado em 1991, mas foi escrito pelos inquisidores James Sprenger e Heinrich Kramer, em 1486.
Entre outras informações, a obra aponta como reconhecer e identificar uma bruxa, além de, é claro, caçá-las — tudo é extremamente calunioso, mas é um rico documento histórico que diz respeito à perseguição sofrida por mulheres da época.
A bruxaria seria praticada, de acordo com os autores, por meio de uma relação sexual das mulheres com o demônio. Muitas das afirmações do guia reforçam mitos da Igreja Católica e deixam clara a intenção destes homens em criar uma sociedade moldada no controle sexual.
A Inquisição foi uma série de políticas da Igreja Católica na Idade Média para combater a heresia especialmente em países que a maior parte da população era composta por protestantes. A Espanha ficou marcada tanto pela Inquisição e perseguição contra minorias (católicos e reformistas radicais), como contra as supostas bruxas.
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