Diretor de 'Ainda Estou Aqui', Walter Salles recebeu a estatueta por Melhor Filme Internacional no Oscar 2025 — e agradeceu com discurso improvisado
Éric Moreira Publicado em 04/03/2025, às 11h30
No último domingo, 2 de março, entusiastas do cinema de todo o mundo voltaram sua atenção para a premiação do Oscar 2025. E os brasileiros em especial ficaram bastante eufóricos, com um filme nacional disputando em três categorias e vencendo em uma: 'Ainda Estou Aqui', dirigido por Walter Salles e com Fernanda Torres no elenco.
A categoria que o filme venceu, no caso, foi a de Melhor Filme Estrangeiro. No entanto, Walter Salles precisou dar um típico "jeitinho brasileiro" durante sua fala de agradecimento, pois, conforme revelou em entrevista coletiva na última segunda-feira, 3, ele perdeu o papel em que estava anotado o discurso que preparou para caso vencesse o prêmio, conforme repercute a CNN Brasil.
Ontem, eu andando para o palco, eu fui tentar achar as notas que eu tinha escrito para dividir com o público e eu não encontrei. Eu fiquei com óculos sem ter o que ler", disse o cineasta brasileiro durante entrevista coletiva.
Salles acrescentou ainda que, no palco, até lembrou de parte do que havia preparado, mas só conseguiu contar na coletiva o que mais planejava dizer para a ocasião. "Eu começava agradecendo o cinema brasileiro, mas também o cinema latino americano. Eu acho que uma cinematografia não existe sozinha, ela também se relaciona com aquelas de outros países", comentou o cineasta.
"Sinto muito orgulho, ainda mais depois de fazer ‘Diários de Motocicleta’", filme sobre Che Guevara, complementa Salles. "Apesar de ser um cineasta essencialmente brasileiro, também pertenço a algo maior, que é a América Latina e a América do Sul em particular. Eu começava por aí e perdi na largada".
"Também perdi outras coisas que eu queria lembrar. (…) Ele reforça a trajetória de Eunice Paiva, fala da importância da resistência e o quanto ela nos ensinou a lutar sem perder a capacidade de sorrir. (…) Eu terminava dizendo: ‘Viva a democracia, ditadura nunca mais’. Eu gostaria de ter falado essa parte em português. Era a única parte português e estou feliz em poder dizer isso hoje", concluiu Walter Salles na coletiva.
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