Lançado em 1973, o lendário álbum 'The Dark Side of the Moon' atingiu um sucesso tão grande que alimentou uma grande teoria sobre sua produção
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 18/11/2024, às 18h30
A década de 1970 foi um período áureo para o rock, sobretudo para o gênero progressivo (conhecido por músicas de longa duração com acordes complexos e melodias elaboradas). Nesse cenário, é quase consenso entre o público e a crítica que uma banda em especial teve grande destaque: o Pink Floyd.
Formado em 1967 pelo baixista Roger Waters e pelo vocalista Syd Barrett, o grupo representou uma evolução significativa tanto para o gênero progressivo, quanto para o psicodélico. Mas foi em 1973 que o jogo virou definitivamente para a banda, com o lançamento do aclamado 'The Dark Side of the Moon'.
Considerado por muitos o maior álbum de rock da história, o disco representou um ponto de virada na trajetória da banda, que a cada novo trabalho se reinventava e aprimorava seu som, principalmente após a saída de Barrett em meados de 1968 (devido a um quadro esquizofrênico desenvolvido pelo alto consumo de alucinógenos).
Com a grande repercussão de 'The Dark Side of the Moon', os fãs assíduos do Pink Floyd logo passaram a cultuar a obra, o que deu espaço para o surgimento de diversas teorias sobre sua criação. A mais famosa entre elas destaca a sincronicidade do álbum com o clássico 'O Mágico de Oz', de 1939.
A teoria logo se tornou lenda urbana, muito devido à facilidade de sua aplicação. O experimento é simples: Se você começar a ouvir o álbum no momento em que o logotipo da MGM aparece na abertura de 'O Mágico de Oz', as duas obras entram em sincronia.
Várias passagens do filme parecem ser perfeitamente ilustradas pelas faixas de 'The Dark Side of the Moon'. As batidas de coração presentes em 'Speak to Me' e 'Eclipse' são ouvidas no momento em que Dorothy coloca sua cabeça sobre o peito do homem de lata, quando ele acaba de ganhar um coração.
Além disso, a sequência em que a casa da protagonista é levada pelo furacão se funde instantaneamente à atmosfera da música 'The Great Gig in the Sky' (o grande show no céu, em tradução livre). Se pudéssemos listar cada coincidência entre as duas obras, teríamos que escrever uma longa matéria só para isso.
Em entrevista recente ao Tonight Show do apresentador Jimmy Fallon, David Gilmour, guitarrista do Pink Floyd, foi questionado se essa sincronicidade foi algo pensado pela banda.
"É claro que sim!", brincou o músico em um primeiro momento. "Eu e Polly (esposa de Gilmour) escutamos [o álbum] enquanto assistíamos [ao filme] anos atrás."
Entretanto, ao deixar o tom cômico de lado, David admitiu que só tomou conhecimento dessa teoria anos após o lançamento do álbum, descartando qualquer intenção da banda com essas "estranhas sincronizações", termo usado por ele na entrevista.
Veja por que Lisa Marie Presley trouxe visitas para seu filho morto
Hamsters fogem de compartimento de avião e interrompem viagem
Conheça o golfinho que 'fala sozinho' e está intrigando pesquisadores
'Ainda Estou Aqui' não deve virar série, afirma Marcelo Rubens Paiva
Dinossauro indestrutível: Armadura seria capaz de suportar impacto de um carro
'King Richard': Por que filha acredita que o filme só conta 'metade da história?'