O lançamento do foguete SpaceX Falcon 9, escalado para a 'defesa planetária', deve acontecer já no dia 23 de novembro
Pamela Malva Publicado em 06/11/2021, às 16h00
No dia 23 de novembro, a Nasa deve lançar o foguete SpaceX Falcon 9 para realizar uma inusitada missão. Classificado como uma "defesa planetária" pela agência espacial, o experimento tem o objetivo de desviar a trajetória de um enorme asteroide.
Ainda que a Terra não esteja na rota de colisão de qualquer um dos 27 mil asteroides próximos do planeta conhecidos pela humanidade, a ideia da Nasa é se prevenir o máximo possível, segundo informações da revista Exame. Dessa forma, a missão de teste acontecerá a 11 milhões de quilômetros do nosso lar.
Os alvos do experimento, chamado de DART, são o asteroide Didymos, que tem 780 metros de diâmetro, e sua lua, Dimorphos, de 160 metros de diâmetro. Projetado a 24.000 km/h, o foguete deverá atingir o satélite natural do asteroide, gerando toneladas de destroços que, por sua vez, deverão deslocar a trajetória do enorme corpo celeste.
Segundo Nancy Chabot, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, cientista que lidera a missão junto com a Nasa, o experimento "não vai destruir o asteroide, só lhe dará uma pequena sacudida". Logo em seguida, os movimentos de Didymos e Dimorphos serão estudados de perto por um pequeno satélite.
Enviado junto do foguete, o equipamento deverá acompanhar o desenvolvimento da missão. Será apenas assim que, "se um dia descobrirmos um asteroide em rota de colisão com a Terra, teremos uma ideia da força que precisaremos para que esse asteroide não toque a Terra", narrou Andy Cheng, da Universidade Johns Hopkins.
No total, a missão custará 330 milhões de dólares e será completa apenas dez meses depois da decolagem. Se for bem-sucedida, todavia, a técnica poderá “fazer parte de uma caixa de ferramentas que estamos começando a criar para desviar um asteroide", segundo explicou Lindley Johnson, do Departamento de Defesa Planetária da Nasa.
Nesse sentido, a especialista deixou claro, em parecer concedido à imprensa na última quinta-feira, 4, que "a estratégia é encontrar esses objetos não só anos antes, mas décadas antes de qualquer risco de colisão com a Terra".
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