Ana Clara Magioto tinha 5 anos, e primo possivelmente era envolvido em facções no estado de Goiás
Redação Publicado em 23/08/2022, às 16h58
Uma criança de apenas cinco anos foi baleada na última sexta-feira, 19, na cidade de Catalão, em Goiás. A princípio, os atiradores tinham como alvo seu primo, que estava por perto, mas o homem usou a menina e sua irmã, de 15 anos, como escudos-humanos, e conseguiu fugir ileso.
Ana Clara Magioto, a pequena de cinco anos, foi baleada na cabeça e sua irmã, de 15, foi atingida na região do abdômen. A adolescente passou por uma cirurgia de emergência no Hospital de Urgências de Goiânia, mas já apresenta estado de saúde estável e não corre risco de morte, segundo a unidade de saúde, como informado pela UOL.
Já a menina de cinco anos, devido a gravidade do ferimento, também foi transferida para o hospital em Goiânia, mas não resistiu e morreu no fim da manhã da última segunda-feira, 22. O crime aconteceu no bairro Evelina Nour e, de acordo com a Polícia Militar, quatro suspeitos invadiram a casa das vítimas com duas motos, avistaram o primo das garotas e começaram a atirar — enquanto o homem usou as meninas como escudos-humanos, ele não foi atingido e conseguiu fugir ileso pelo telhado.
A Polícia ainda acredita que o motivo da tentativa de assassinato seria rivalidade entre facções, onde o primo seria de um grupo rival ao dos atacantes. Dois suspeitos foram presos horas após o crime, e uma moto foi apreendida, mas suas identidades não foram reveladas e outros suspeitos seguem foragidos.
Marcos Vinicius Júnios, delegado do 1º Distrito Policial de Catalão, conta ainda à UOL que o laudo da perícia deve confirmar se o primo realmente usou as meninas como escudo ou não.
Foi realizada uma perícia no local e vamos aguardar o resultado, mas esse é o relato das testemunhas e de um dos autores presos. A intenção é finalizar o inquérito até o fim dessa semana e encaminhá-lo ao judiciário", disse. "O que sabemos é que esse primo estava em outra cidade [antes de ir para Catalão] e que ele tem ligação com grupos criminosos, por isso, ele também é investigado".
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