Especialistas de museus e arqueologia elogiaram a condição excepcional dos itens; a espada ainda preserva seu punho, pomo e guarda intactos
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 22/02/2025, às 09h10
Pesquisadores fizeram uma descoberta impressionante perto de Wielka Tymawa, uma vila na província de Warmian-Masurian, na Polônia. Membros da Associação de Detectores de Biskupiec "Gryf" encontraram um esconderijo de armas medievais, que inclui uma espada de duas mãos e duas cabeças de machado datadas dos séculos XIV e XV.
A descoberta ocorreu durante uma busca legalmente autorizada, e os artefatos foram entregues ao Museu em Ostróda para conservação e futura exposição. Especialistas de museus e arqueologia elogiaram a condição excepcional dos itens. A espada, com quase um metro de comprimento, ainda preserva seu punho, pomo e guarda intactos, tornando-a uma descoberta particularmente rara.
O design da arma se assemelha às Espadas de Mão e Meia, amplamente utilizadas na Europa Ocidental no final da Idade Média. A lâmina pontiaguda sugere que seu principal propósito era perfurar armaduras.
Łukasz Szczepański, arqueólogo do Museu em Ostróda, destacou ao Archaeology News o valor significativo que essa descoberta agrega à coleção do museu. As armas foram encontradas perto do Rio Osa, conhecido historicamente por seu curso selvagem e sinuoso.
Acredita-se que esses objetos tenham permanecido submersos por séculos, o que explicaria o excelente estado de conservação. Um dos machados, inclusive, reteve um fragmento de seu cabo de madeira, algo bastante raro em achados desse tipo.
Essa não é a primeira vez que os detectores da associação "Gryf" contribuem para importantes descobertas históricas na região. Anos atrás, o grupo ajudou a encontrar um tesouro de antigas moedas de prata carolíngias perto de Biskupiec, no Condado de Nowe Miasto, revelando mais de 130 deniers de prata e fragmentos de moedas do século IX.
A descoberta da espada e dos machados medievais lança nova luz sobre a história profundamente enraizada de Warmia e Masuria. O Museu de Ostróda já iniciou o processo de radiografia e conservação dos artefatos, com a expectativa de exibi-los permanentemente ainda este ano.
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