Estudo analisa a' experiência multissensorial' que as estátuas proporcionavam aos antigos; confira detalhes sobre a pesquisa
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 14/03/2025, às 19h30
Um novo estudo dinamarquês revelou que as esculturas da antiguidade, além de serem pintadas com cores vibrantes, também eram perfumadas. A descoberta, liderada pela arqueóloga Cecilie Brøns, da Glyptotek, museu de Copenhague, lança luz sobre a experiência multissensorial que as estátuas proporcionavam aos antigos.
Brøns, em sua pesquisa, mergulhou nos escritos de autores romanos, como Cícero, e em inscrições de templos gregos antigos, encontrando diversas menções ao uso de perfumes e óleos aromáticos na "decoração" de estátuas de culto.
Um exemplo citado pela pesquisadora é o ritual da estátua de Ártemis em Segesta, na Sicília, que era coberta de unguentos e óleos perfumados. Em Delos, na Grécia, inscrições em templos revelam que a manutenção de algumas estátuas incluía esfregá-las com perfume de rosas.
A descoberta sugere que a experiência de observar uma estátua na antiguidade ia além da visão, envolvendo também o olfato. "Uma estátua de mármore branco não estava destinada a ser percebida como uma simples escultura de pedra. Devia se parecer com um deus ou com uma deusa reais", explicou Brøns no estudo.
O estudo, publicado no Oxford Journal of Archaeology, reforça a ideia de que as esculturas antigas eram parte de uma experiência multissensorial, com cores vibrantes e aromas marcantes, que buscavam aproximar os observadores da presença divina.
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