Guillermo Vieiro e mochila encontrada descongelada - Reprodução
Guillermo Vieiro e mochila encontrada descongelada - Reprodução
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40 anos depois, filhas buscam mochila de pai morto em montanha na Argentina

Filhas do montanhista Guillermo Vieiro vão retornar ao local onde o pai faleceu em busca de uma mochila encontrada descongelada no ano passado

Redação Publicado em 10/02/2025, às 12h30

As filhas de Guillermo Vieiro, um montanhista que morreu em 1985 durante uma expedição ao Vulcão Tupungato, na Argentina, vão retornar ao local onde o pai faleceu em busca de uma mochila encontrada descongelada no ano passado. 

Azul e Guadalupe, acompanhadas por uma equipe de 10 pessoas, partirão em fevereiro para resgatar o item, que representa um símbolo importante da história do montanhismo argentino, informou o jornal argentino La Nación. 

A mochila, enterrada sob a neve por quase 40 anos, contém vestígios da trágica expedição que resultou na morte de Vieiro e de seu aprendiz, Leonardo Rabal.

O objeto foi avistado em 2024 por outros montanhistas. No interior, eles encontraram uma câmera com uma fita de vídeo registrando o momento em que Vieiro e Rabal alcançaram o cume. A gravação foi entregue à família. Os demais objetos da mochila, no entanto, permaneceram no local.

Expedição

A expedição será realizada com o apoio de uma equipe experiente, incluindo guias, tropeiros e cineastas, que irão documentar a jornada. O grupo irá partir de Mendoza em direção a San José del Maipo, de onde começará a subida progressiva.

É uma história muito triste e trágica para a família, mas estou em paz com ele. Ele era verdadeiramente apaixonado e patriota, e o que recuperarmos na montanha doaremos, pertence à história do montanhismo argentino. Não queremos que ninguém leve nada se passar por aquele lugar. Não temos ideia do que a mochila pode conter, só queremos resgatá-la para valorizar esse pedaço da nossa história”, disse Azul em entrevista ao La Nación.

Embora as irmãs tenham experiência na atividade, será a primeira vez que escalarão acima de 6.000 metros. “Para mim, mesmo que seja avassalador, sinto uma alegria em ir buscar aquela mochila. É muito trabalho, mas também é uma espécie de libertação”, afirmou Guadalupe ao jornal. 

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