No coração da Europa, destino coleciona paisagens arrebatadoras
Redação EdiCase Publicado em 17/03/2023, às 11h00
Um dos países mais ricos do mundo, a Suíça é conhecida por ser organizada e segura, com serviços extremamente eficientes. Muito além da pontualidade de seus famosos relógios e do sabor de seus delicados chocolates, o lugar surpreende pela variedade de destinos.
Mesmo sendo um país pequeno, com um território equivalente ao estado do Rio de Janeiro, é encontrada ali uma grande variedade de paisagens, que vai de cadeias de montanhas – como os icônicos alpes – a rios, vales e lagos. Já as grandes cidades e os vilarejos mostram a diversidade cultural da Suíça.
O país é composto por diferentes regiões linguísticas, com influências alemãs, francesas e italianas que aparecem na arquitetura, nas tradições, nos costumes e na gastronomia. Além disso, mais de 20% da população é formada por estrangeiros, principalmente de outros países europeus. É até difícil identificar o que todos os habitantes têm em comum – por isso, dizem que esta é uma nação formada pela livre vontade.
A seguir, descubra um roteiro completo pelos 5 principais destinos da Suíça.
Metrópole que atrai o ano todo turistas por sua vida cultural animada, com mais de 50 museus e 100 galerias de arte, vida noturna vibrante, grande oferta de lojas de design e grifes internacionais e belas paisagens com os alpes no horizonte, Zurique é o centro financeiro do país. Situada no coração da europa e no centro da Suíça, às margens do rio de mesmo nome, a cidade oferece ainda lazer para todos os gostos. Com uma exuberante vista para os alpes cobertos de neve no horizonte, Zurique conta com a mais famosa “Estação Rodoviária” do mundo, a Bahnhofstrasse.
O lugar, que na verdade é a rua comercial da cidade, reúne exclusivas lojas de grife, boutiques, bancos e cafés de rua. No entanto, este é apenas um dos locais onde é possível encontrar marcas urbanas do destino; seja nos bairros de Zurich West ou Aussersihl, é normal se deparar com marcas locais onde menos se espera. São elas que inspiram aqueles que atentam para a moda e causam novas sensações muito além das fronteiras da Suíça – por exemplo, a grife cult Freitag, com seu singular estilo de bolsas e acessórios.
Para os amantes da arte, a cidade é como um paraíso. Dos 50 museus, 15 são de arte. Destacam-se o museu de Belas Artes, o Kunsthaus Zürich, que ostenta um importante acervo de pinturas, esculturas, fotografias e vídeos. Além disso, possui uma extensa coleção de obras de Alberto Giacometti. Outro museu importante é o Rietberg, um dos principais centros de arte não-europeia do mundo. A apenas poucos passos da principal estação de Zurique, o Museu Nacional Suíço – alojado num edifício de mais de 100 anos, que mais parece um castelo de conto de fadas – contém a mais completa coleção nacional de objetos relativos à história cultural do país.
As casas medievais de Zurique, as vielas estreitas e contorcidas, as corporações e os edifícios públicos do período Renascentista oferecem um atraente pano de fundo para o entretenimento de nível mundial. Um passeio pelo centro histórico permite aos visitantes conhecer o passado multifacetado da cidade. As torres duplas de grossmünster são o ponto de referência do destino.
Segundo a lenda, Charlemagne construiu as torres no local onde os túmulos dos santos da cidade, Félix e Regula, foram encontrados. Outro ponto turístico que vale a pena conhecer é Peterskirche (igreja de Pedro), que tem o maior relógio da Europa, bem como Fraumünster, conhecido pelos vitrais de Giacometti and Chagall.
À noite, a cidade se agita em festas para todos os públicos, de house music no lendário Kaufleuten Aos Maiores Sucessos dos anos 80 na casa mais antiga da cidade, mascotte, ou um encontro gay no Labor Bar. As festas começam depois das 11h da noite e seguem madrugada adentro. No verão, a vida noturna se estende para além das boates e toma os espaços ao ar livre; os locais onde os visitantes se banham e relaxam durante o dia são o lugar ideal para paquerar e dançar durante a noite.
Estando em Zurique, não deixe de provar o famoso e delicioso chocolate suíço. Você pode até fazer um roteiro só para curtir a iguaria. O ponto de partida deve ser a Confierie Sprüngli, mais antiga chocolateira do país (1836) e um paraíso das tortas, pralinés, trufas e os famosos macarons suíços, que são vendidos por peso. Na Paradeplatz, você pode apreciar um bom chocolate quente. Saindo da capital, Kilchberg, a cerca de 20 minutos de trem, é uma parada que vale a pena. O lugar é a casa da Lindt, e por lá é possível fazer visitas guiadas à fábrica, conhecer o museu de chocolate e comprar as delícias até cansar – se é que isso acontece.
Zurique fica ainda mais especial com a chegada do inverno e a temporada natalina. As feirinhas de Natal tomam as principais praças e é impossível não se deparar com apresentações de coral e concertos temáticos. Lojas abertas até tarde da noite e aos domingos com vitrines lindamente decoradas, luzinhas e músicas natalinas completam o clima
No extremo oeste do país, junto à divisa com a França, Genebra é uma cidade cosmopolita, ainda que bem compacta e com menos de 200 mil habitantes – sendo até chamada de “a menor metrópole do mundo”. Ali está a sede europeia das Nações Unidas (a segunda mais importante da ONU), a sede da Cruz Vermelha e outras instituições renomadas, o que mostra a vocação de Genebra de ser uma cidade internacional.
Do traçado das ruas à arquitetura dos prédios, praças e parques, Genebra tem aquela elegância típica das grandes cidades francesas e se estende junto ao rio Ródano e ao lago Genebra. Na margem direita estão os grandes hotéis, enquanto na margem esquerda está a parte antiga, que concentra muitos dos atrativos turísticos.
O coração da cidade está em torno da histórica Place du Bourg-de-Four e da Catedral de Saint Pierre. As ruas dessa área são um convite para agradáveis caminhadas, repletas de lojas, restaurantes, galerias de arte e antiquários, levando até os calçadões e parques junto ao lago. Perto do cais está o’Jet d’eau, uma fonte cujo jato d’água atinge 140 metros de altura e é símbolo de Genebra. No Jardin Anglais fica o Horloge Fleuri, um grande relógio feito com flores, em homenagem à reconhecida indústria de relógios local.
Para saber mais sobre a história dos famosos relógios suíços, vale visitar o museu Patek Philippe. Outros museus interessantes incluem o Museu de Arte e História Internacional da Cruz Vermelha. Este último fica em frente ao Palais des Nations, o complexo da ONU em Genebra. Ao redor, há belos parques, como Ariana e o Jardim Botânico, e monumentos famosos, como a Cadeira Quebrada. Genebra também abriga o CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), o maior laboratório de física de partículas do mundo, onde fica o Grande Colisor de Hádrons (LHC). A instituição recebe visitantes com exibições permanentes, tours guiados e até uma rota de ciclismo.
A capital da Suíça preserva suas características históricas como poucas na Europa. Seu centro histórico entrou para a lista de Patrimônios da Humanidade da UNESCO, e graças aos seus 6 quilômetros de arcadas – os moradores do local referem-se a elas como “lauben” –, a cidade ostenta os mais longos calçadões de compras cobertos do continente.
Com um ar medieval que lhe rende uma atmosfera única, a cidade conta com chafarizes e suas muitas fachadas de arenito, ruas estreitas e torres históricas. O elevado Jardim das Rosas, acima do Fosso dos Ursos, e a plataforma da torre da catedral, medindo 101 metros de altura, oferecem a melhor vista para o centro histórico, em volta do qual flui o rio Aare. Das antigas trincheiras e dos baluartes, despenca-se abruptamente para o rio. As boutiques, os bares e cabarés do centro histórico da cidade – alguns dos quais situam-se em porões abobadados – e os pequenos cafés de rua atraem tanto moradores locais quanto turistas.
Apesar de Berna apresentar uma excelente rede de transporte público, o melhor mesmo é explorar o centro da cidade a pé. O Zentrum Paul Klee, situado na periferia da cidade, abriga a mais completa coleção de obras do artista Paul Klee. A Casa Albert Einstein dá testemunho do período em que o gênio da física esteve em Berna, no início do século 20.
Com o Museu Histórico, o Museu de Arte, o Museu Alpino da Suíça e o Museu de Comunicação, o destino oferece um leque extremamente variado de exposições. Berna é a sede do governo da Suíça. As Casas do Parlamento (Bundeshaus) erguem-se acima da cidade a apenas poucos passos da estação de trem. As portas das Casas do Parlamento ficam abertas aos visitantes na maior parte do tempo e, se você tiver sorte, pode até encontrar um membro do parlamento pelas ruas da cidade.
No verão, o rio Aare fornece oportunidades de experimentar o que há de melhor para o banho; nadadores experientes permitem-se ficar à deriva, deixando-se levar ao longo de um limpíssimo parque enquanto desfrutam da vista para as Casas do Parlamento. O Jardim Botânico também fica localizado a certa altura do rio, assim como o Zoológico Dählhölzli e o antigo distrito de Mate. Berna e o urso – o animal heráldico da cidade – são inseparáveis. Ao visitar a cidade, é parada obrigatória a visitação para ver animais e observá-los enquanto comem cenouras.
Nas praças do centro da cidade, coloridas feiras semanais expõem seus produtos. Em particular, vale a pena visitar a Feira da Cebola (Zibelemärit), que acontece na quarta segunda-feira de novembro: os visitantes desejosos de comparecer à feira tradicional dedicada à cebola começam a chegar em massa na cidade já durante a madrugada.
Em uma planície entre os lagos Thun e Brienz com os alpes que se estendem pelo horizonte, o panorama de Interlaken é de encher os olhos, localizada a 120 km de Zurique e a 50 km de Berna, a cidade é um destino de inverno muito popular, quando os turistas aproveitam as baixas temperaturas para praticar esportes na neve. Nos meses mais quentes, a paisagem se transforma e o verde ganha espaço, assim como outras atividades ao ar livre, como o trekking, o parapente e os passeios de barco pelos lagos.
Plana, bonita e agradável, Interlaken é um convite para passeios a pé. Porém, são os roteiros nas proximidades que mais chamam a atenção. Interlaken fica entre as montanhas Eiger, Jungfrau e Mönsch, área nos alpes em que há cerca de 200 km de pistas de esqui, além de uma densa rede de trilhas, acessíveis por meio de dezenas de ferrovias de cremalheira, teleféricos e outros meios de elevação.
As principais regiões de esqui são Jungfrau (Mür-ren/Schilthorn, Kleine Scheidegg/Männlichen e First), Beatenberg e Axalp-Brienz. Mas os alpes guardam ainda mais surpresas, que podem ser aproveitadas até mesmo no verão. A localização de Interlaken é estratégica para quem quer aproveitar todas essas atividades alpinas.
Trens para a região de Jungfrau na direção de Grindelwald e Lauterbrunnen, onde há conexões até Mürren, e de lá para Schilthorn, e também via Kleine Scheidegg até o Jungfraujoch, partem da estação ferroviária de Ost, em Interlaken. Jungfrau Railways é a companhia que administra grande parte dessas ferrovias e estações, que fazem com que as montanhas em torno de Interlaken sejam superacessíveis a pessoas de todas as idades
Além de ser uma das maiores e mais importantes cidades da Suíça, na Basileia tem uma localização única: no norte do país, fica bem na tríplice fronteira com Alemanha e com a França, cortada pelo famoso rio Reno. A 90 km de Zurique, a Basileia é um prato cheio para quem gosta de cultura, arte, história e arquitetura.
A cidade possui a maior densidade de museus do país: são 40 no total. Entre eles estão o Kunstmuseum Basel, que abriga a coleção pública de arte mais antiga do mundo, o Museu Jean Tinguely, que reúne as obras do artista suíço que dá nome à instituição, e a Fundação Beyeler.
Basileia também organiza o Art Basel, um dos maiores e mais prestigiados eventos de arte contemporânea do mundo, que acontece no mês de junho e atrai milhares de artistas de todo o globo. Outro momento especial para visitar a Basileia é no final do ano, época dos tradicionais mercados de Natal, que enfeitam a cidade com luzes e decorações típicas.
Esta é uma cidade moderna, agitada e organizada, porém histórica ao mesmo tempo, com uma importância que remete à idade média. Ao longo do Reno e no centro histórico, construções apresentam esses ares medievais, como o Spalentor, um belíssimo portão do século XIV, o prédio da Câmara Municipal (Rathaus) na Marktplatz e a igreja Basel Minster Namünsterplatz, com suas torres delgadas e telhado com padrões geométricos.
A melhor opção é caminhar a pé para descobrir o centro histórico. Para atravessar o rio, pequenas balsas levam moradores e turistas de uma margem a outra do Reno. Não só é algo que ajuda na locomoção pela cidade como também é um passeio para contemplar o belo panorama ao redor. Basileia é facilmente acessível a partir de cidades como Zurique, Lucerna e Berna. Também está muito próxima da região da Floresta Negra, na Alemanha, e da encantadora Alsácia, na França.
Por Eliria Buso e Patrícia Chemin – Qual Viagem
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