Por mais que alguns mistérios levem tempo para serem desvendados, alguns conseguiram superar as expectativas e podem nunca ser solucionados
Éric Moreira Publicado em 04/06/2024, às 19h00 - Atualizado em 09/06/2024, às 11h25
Ao longo da história, muitas perguntas já foram levantadas e respondidas, mas, certamente, as mais intrigantes são aquelas que permanecem como um mistério. Isso acaba criando teorias e lendas nas mais variadas culturas pelo mundo.
Alguns exemplos de casos até hoje debatidos, ou mistérios não solucionados, são as histórias do Rei Arthur, a identidade do Jack, o Estripador, a suposta existência dos Jardins Suspensos da Babilônia ou de Atlântida...
Em meio à infinidade de mistérios que existem em diferentes países, confira a seguir 5 questões que a História ainda não encontrou uma resposta definitiva.
Era 5 de dezembro de 1872, quando o navio britânico Dei Gratia encontrou o bergantim mercante norte-americano Mary Celeste abandonado e à deriva na região do largo dos Açores. Nele, faltava apenas um barco salva-vidas, mas curiosamente não havia quaisquer danos aparentes ou sinais de luta. Ainda assim, os seus 10 passageiros e tripulantes nunca mais foram vistos.
Não surpreende que essa história tenha levantado todo um mistério em torno da embarcação, e desde então muitas teorias foram apresentadas. Alguns teorizam que um vazamento de uma carga de álcool levou os tripulantes e abandonarem o navio, com medo de que explodisse; outros, que uma tromba d'água ameaçou a embarcação.
Em 1912, o livreiro norte-americano Wilfrid Voynich descobriu na Polônia um manuscrito misterioso, de autoria desconhecida, publicado em 1404: o Voynich. Nas páginas, é possível observar uma série de ilustrações e escritos, mas que até hoje não foram decifrados, sem que se saiba nem mesmo se é uma língua desconhecida, um código ou algo que faça sentido.
Como uma tradução do manuscrito não foi possível, ainda correram teorias com menos fundamento para tentar explicar o texto misterioso. Conforme o site Live Science, pode se tratar de uma espécie de livro de referência, uma obra de ficção ou, quem sabe, um código para uma sociedade secreta; de qualquer forma, hoje parece indecifrável.
Um dos maiores líderes do mundo antigo, Alexandre, o Grande, foi rei do reino grego antigo da Macedônia. Ele ascendeu ao trono após a morte de seu pai, Filipe II, quando tinha apenas 20 anos. Encontrou seu fim pouco mais de uma década depois, aos 32 anos, após contrair febre tifoide — depois de ter conquistando com grandes glórias uma parte bem considerável da Ásia e nordeste da África, da Grécia ao Egito e à Índia, formando assim o que foi um dos maiores impérios do mundo antigo.
Apesar de ter sido uma figura tão notória, Alexandre carrega um mistério que o ronda até hoje: ninguém sabe a localização de sua tumba. Já foi sugerido que ele foi levado ao Egito dois anos depois de sua morte, e mantido em Mênfis enquanto uma tumba era construída em Alexandria, no entanto, o recinto nunca foi identificado.
Algumas teorias sugerem que ele esteja em uma região hoje submersa, o "Distrito dos Palácios", mas se esse for o caso, qualquer vestígio que pudesse comprovar a permanência de Alexandre ali já teria sido destruída.
Na época inicial da colonização britânica na região da América do Norte, em julho de 1587, o explorador inglês John White chegou à Ilha Roanoke com outras mais de 100 pessoas. Alguns meses depois, ele retornou à Inglaterra para reabastecer suprimentos, mas quando retornou, todos os seus companheiros desapareceram da colônia.
+ Colônia de Roanoke: Arqueólogos lançam nova luz sobre a misteriosa história
Ele ainda encontrou duas pistas no local que pudessem levá-lo aos demais: a palavra 'CROATOAN' esculpida em uma paliçada, e outra inscrição de 'CRO' em uma árvore. Ele então presumiu que os outros colonos viajaram para a Ilha Croatoan — atual Ilha Hatteras. No entanto, White foi impedido de chegar lá após uma tempestade, e nunca foi descoberto o que aconteceu, de fato, com seus companheiros.
Já foi sugerido que o chefe do povo Powhattan matou alguns dos colonos, mas nunca foram encontradas evidências arqueológicas para comprovar tal afirmação. Também existem teorias de que eles teriam sido atacados por espanhóis, ou mesmo que morreram por razões naturais.
Um mistério milenar é conhecido como Santo Graal, o cálice em que Jesus Cristo teria bebido o vinho em sua última ceia com os discípulos, antes da crucificação. Assim como os feitos de Jesus são questionados, o cálice divide opiniões até hoje.
Durante a Idade Média surgiram histórias sobre o (também misterioso) Rei Arthur buscando o Santo Graal, o que inspira uma série de narrativas ficcionais até hoje. Ainda que existam igrejas que afirmem ter o cálice sagrado, como mostra o documentário "Mistérios da Fé", faltam evidências científicas.
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