Mohammed bin Salman virá ao Brasil em 14 de março; saiba mais sobre suas polêmicas!
Fabio Previdelli Publicado em 22/02/2022, às 11h23
No dia 14 de março, o presidente Jair Bolsonaro receberá a visita do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman — que comanda o país desde que seu pai, o rei Salman bin Abdulaziz Al Saud foi acometido com o mal de Alzheimer.
Em outubro do ano passado, o príncipe herdeiro ganhou os holofotes ao comprar 80% do Newcastle United Football Club, time da elite do futebol inglês, por 300 milhões de libras (algo em torno dos R$2 bilhões).
Entretanto, o governo de Mohammed bin Salman também é marcado por escândalos, que vão desde a acusação de assassianto de um jornalista até uma possível tentativa de espionagem contra Jeff Bezos.
Em outubro de 2018, o jornalista Jamal Khashoggi entrou no consulado saudita em Istambul, na Turquia, com o objetivo de pedir uma certidão para que pudesse se casar com sua noiva. Desde então, nunca mais foi visto.
Naquela época, os Estados Unidos fizeram um relatório do caso, mas o mesmo permaneceu desconhecido do público até fevereiro de 2021, quando finalmente foi divulgado, segundo informou a equipe do site do Aventuras na História.
O documento acusa o príncipe Mohamed bin Salmande ter aprovado o assassinato de Khashoggi, que realizava críticas à monarquia saudita.
Devido a sua enorme influência, é "altamente improvável" que a ação acontecesse sem seu conhecimento ou aprovação. O relatório ainda diz que "o príncipe-herdeiro vê Khashoggi como uma ameaça para o reino e em termos gerais apoiou o uso de medidas violentas para silenciá-lo".
O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita, no entanto, negou as acusações. "O governo do reino rejeita categoricamente o que é declarado no relatório sobre o crime do assassinato do cidadão Jamal Khashoggi. Que Deus tenha piedade dele".
Em 2018, o celular de Jeff Bezos, CEO da Amazon, sofreu uma tentativa de espionagem. Uma das pessoas acusadas pelo ato foi Mohammed bin Salman. O príncipe teria, supostamente, enviado uma mensagem no Whatsapp com arquivos que tinham a capacidade de infectar o celular do bilionário empresário.
A acusação ganhou força na época, já que não era a primeira vez que possíveis rivais do governo da Arábia Saudita haviam levantado queixas sobre ataques à segurança e espionagem.
De acordo com os especialistas independentes que trabalham para a ONU, Agnès Callamard e David Kaye, o episódio teria sido uma tentativa de cessar e silenciar a cobertura que o The Washington Post realizava sobre o governo saudita — visto que o jornal americano tem como atual proprietário Jeff Bezos.
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