Netflix lançou mais uma temporada e continua com a maestria de criar alvoroço e nostalgia na geração dos anos 80 e 90
Redação Publicado em 10/07/2022, às 00h00
A quarta temporada de Stranger Things está no ar, e ultimamente nas redes sociais o que impera é “virou fã do Metallica por conta da série”, e do outro lado, mil desculpas para mostrar que já conhecia a banda famosa de rock. Acredito que tudo que leva ao bom gosto é extraordinário, ou seja, entrem e fiquem à vontade na década que chamamos de perdida.
Agora, mais do que polêmicas, o toque de nostalgia para nós, nascidos nos anos 80 e 90, é sublime. Aguça até sentidos como olfato e paladar, de tão interessante que é ver, hoje, como foi crescer em meio às referências culturais daquela época.
E para que as novas gerações não fiquem perdidas e não deixem passar alguma coisa, vou explicar alguns easter-eggs e referências que a série de sucesso da Netflix trouxe em suas quatro temporadas.
Por si só já é uma baita referência dos anos 80 e 90, com brilhantes atuações e constantes barulhos midiáticos que causou nos tabloides da época, já dá para levar muita gente ao túnel do tempo.
Eles eram a nossa dupla de doidões no cinema na época, e quanto a turminha da série acessa os registros da locadora, já pula na tela algumas de suas obras. Aliás, locadora? Quer mais anos 80 que isso?
A franquia de terror que apavorou os sonhos de todas as crianças daquela época também está presente. A trilha sonora de abertura é uma referência direta, e mais incrível ainda, Eddie cita o nome do protagonista do filme, Michael Myers.
Onze mistura duas personagens do rei do terror, Carrie – fazendo referências as suas habilidades telecinéticas, e Charlie, de ‘Chamas da Vingança’, que também fugia incessantemente de uma agência do governo.
Para quem chamava Carol nos anos 80, esse era um verdadeiro terror. E logo no primeiro episódio, os ingressos na mão de Joyce são para assistir ao longa metragem no cinema.
Essa a geração dos anos 2000 pegou no ar, pois já que os filmes são bem contemporâneos. “Mirkwood” é o nome de uma interseção em uma das ruas e Will Byers utiliza “Radagast” como a senha para seu esconderijo.
Temos muitos pôsteres que fizeram história na série, mas esse, ahh que clássico. O longa de terror ‘Uma Noite Alucinante’ é de 1981, mas permeou a década inteira, até passando pela virada de 1990.
Só quem conviveu com Freddy Krueger invadindo as televisões de casa em plena sexta a noite, principalmente nas que caiam no dia 13, entende que o monstro saindo da parede podia ser muito bem o protagonista de ‘A Hora do Pesadelo’ saindo do teto. Monstro em baixo da cama? Não, tenho medo do teto.
Para quem não sabe, em pleno show o roqueiro Ozzy Osbourne arrancou a cabeça de um morcego com a boca. Bizarro! E o episódio foi comentado por Eddie, após uma batalha com bichos parecidos no mundo invertido.
Opa, mais uma de Stephen King. A cena em que Dustin e Steve caminham pelos trilhos de trem, parece ter saído do clássico filme “Conta comigo”, adaptação do livro do autor.
Para dirigir, Max utiliza uma caixa para alcançar os pedais do carro. Essa referência você vai encontrar lá no ‘Indiana Jones e o Templo da Perdição’.
‘História Sem Fim’ é um filme que está na memória afetiva de todo mundo da década perdida, não tem jeito. E sua música tema é cantada por Dustin e sua namorada.
Há outros clássicos também, como ET, sucesso de Steven Spielberg, que está por todos os cantos de Stranger Things. É isso pessoal, quem mais tem alguma referência que perdi?
O cineasta brasileiro Daniel Bydlowski é membro do Directors Guild of America e artista de realidade virtual. Faz parte do júri de festivais internacionais de cinema e pesquisa temas relacionados às novas tecnologias de mídia, como a realidade virtual e o future do cinema. Daniel também tenta conscientizar as pessoas com questões sociais ligadas à saúde, educação e bullying nas escolas. É mestre pela University of Southern California (USC), considerada a melhor faculdade de cinema dos Estados Unidos.
Atualmente, cursa doutorado na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. Recentemente, seu filme Bullies foi premiado em NewPort Beach como melhor curta infantil, no Comic-Con recebeu 2 prêmios: melhor filme fantasia e prêmio especial do júri. O Ticket for Success, também do cineasta, foi selecionado no Animamundi e ganhou de melhor curta internacional pelo Moondance International Film Festival.
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