Angela Merkel classificou a medida como “ato de solidariedade nacional”
Fabio Previdelli Publicado em 04/12/2021, às 09h09
Na última quinta-feira, 2, as autoridades alemãs anunciaram que aqueles que não se vacinaram — ou que pegaram a Covid-19 recentemente e ainda não se recuperaram — passarão por um sistema de lockdown parcial. Dessa maneira, o grupo só poderá ter acesso a estabelecimentos de serviços essenciais, como é o caso de padarias, mercados e farmácias.
A medida foi estabelecida após o governo federal alemão se reunir com as administrações estaduais. A decisão foi uma das últimas de Angela Merkel como chanceler do país, já que no próximo dia 8, quarta-feira, Olaf Scholz, líder social-democrata e vice de Merkel, assumirá um dos cargos mais importantes da Alemanha.
Além do mais, o país ampliará, em todo território, o sistema conhecido como 2G, que autoriza que vacinados e recém-curados tenham acesso a espaços de lazer. "Locais de cultura e lazer ficarão abertos apenas para vacinados ou curados", declarou Merkel.
A situação do nosso país é grave", prosseguiu a chanceler, que classificou a nova medida como um “ato de solidariedade nacional”.
O Parlamento alemão irá debater uma lei que tornaria a imunização contra a Covid-19 obrigatória no país, algo defendido por Scholz. A nação vive um de seus piores momentos da pandemia. Conforme relatado pela equipe do site do Aventuras na História, no primeiro dia do mês, o país viveu seu dia mais fatal desde fevereiro.
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, a Alemanha é o segundo país do mundo com mais casos de contágios nos últimos 28 dias: 1,3 milhão — ficando atrás apenas dos EUA, com 2,4 mi.
Atualmente, a nação possui uma taxa de vacinação nacional de pouco menos de 70%, o que a coloca na média da União Europeia, mas muito abaixo de países como Irlanda e Portugal. A variante ômicron também se tornou uma dor de cabeça para o país.
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