A família de Alba Maruri, de 74 anos, recebeu por engano as cinzas de outra pessoa
Vanessa Centamori Publicado em 28/04/2020, às 11h02
A pandemia do coronavírus está causando um verdadeiro colapso no sistema de saúde do Equador, país que contabiliza mais de 22 mil casos da doença. Arcar com os óbitos está complicado, tanto que Alba Maruri, de 74 anos, foi dada como morta, em 27 de março, mas só recentemente seus familiares souberam que ela está, na verdade, viva.
A família de Maruri já tinha até recebido uma urna para colocar supostas cinzas, que nem sequer eram da idosa. Todos acreditaram que a mulher havia morrido em seu leito, onde era tratada devido à febre alta e complicações respiratórias.
Ela estava internada em um hospital na cidade de Guayaquil, epicentro da covid-19 no Equador, com estado de saúde grave. Após o óbito ser declarado, os familiares foram chamados para visitar a suposta defunta em um necrotério no hospital.
Por segurança, foram impedidos de se aproximar para não se contaminarem com o coronavírus. "Eu estava com medo de ver o rosto dela", contou o sobrinho de Maruri, Jaime Morla, à agência France-Presse (AFP). "Eu estava a um metro e meio de distância. Ela tinha o mesmo cabelo, o mesmo tom de pele."
Para a surpresa da família, aquele cadáver não era o de Maruri. A idosa estava na verdade em coma no hospital, estado que manteve por três semanas. Quando despertou, solicitou aos médicos para que ligassem para sua irmã.
Descoberto o engano, a instituição hospitalar se desculpou pela confusão. A família agora pede reembolso pela cremação. O alívio, no entanto, é a sensação que ficou. "É um milagre. Por quase um mês, pensamos que ela estava morta", disse Aura, a irmã da sobrevivente. "E nós temos as cinzas de outra pessoa."
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