De acordo com os pesquisadores, o número poderá atingir 265 milhões de pessoas, o dobro em relação ao ano passado
Nicoli Raveli Publicado em 22/04/2020, às 14h07
De acordo com o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (ONU), o número de pessoas em estado de insegurança alimentar aguda poderá atingir o número de 265 milhões, o dobro em relação ao ano passado. De acordo com a instituição, o aumento se deve as consequências causadas pela pandemia de coronavírus.
No ano de 2019, cerca de 135 milhões de pessoas já estavam sob ameaça severa. Agora, o programa estima que mais 130 sejam adicionadas devido à perda de seus empreendimentos, fazendo com que a sociedade dos países de baixa e média renda seja afetada.
"A Covid-19 é potencialmente catastrófica para milhões de pessoas que já estão 'por um fio. Precisamos nos unir para lidar com isso, ou o custo será alto demais – o custo global será alto demais: muitas vidas perdidas e muitos, muitos meios de subsistência”, alegou Arif Husain, economista chefe e diretor de pesquisa do Programa Mundial de Alimentos.
Ele acrescentou ao dizer que a crise aguda de alimentos e meios de subsistência é a categoria três das cinco fases da ONU, que significa falta crítica de acesso a alimentos e desnutrição acima do habitual. Já a categoria cinco, caracteriza a fome em massa.
Para Husain, é essencial que os governos atuem rapidamente, com o objetivo de evitar o agravamento das consequências na vida das pessoas dos países mais pobres. Segundo o economista, é esperado que a África seja o continente mais afetado, já que muitos locais são afetados pelos confrontos bélicos e pelas mudanças climáticas.
"Essas são as pessoas com as quais estamos preocupados – os que estavam bem antes da Covid e agora não estão”. Além disso, ele reafirmou sua preocupação com a população de países escassos de um programa de segurança do governo.
Segundo o pesquisador, será necessário de 10 a 12 bilhões de dólares destinados para o financiamento dos programas de assistência a fim de arrecadar estoques de alimentos nos meses seguintes. No ano anterior, foi registrado 8,3 bilhões de dólares destinados ao mesmo programa.
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