Mesmo com isolamento vertical, país somou ontem 61.049 casos de coronavírus, de acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças
Vanessa Centamori Publicado em 15/04/2020, às 13h00
A Turquia vive um isolamento vertical, prática que costuma abranger o distanciamento social somente para pessoas do grupo de risco. No Brasil, a medida vem sendo defendida publicamente pelo Presidente Jair Bolsonaro.
Só que, mesmo com esse tipo de isolamento, o país do oriente médio somou ontem, dia 14 de abril, 61.049 casos de coronavírus, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.
Além disso, a nação enfrenta uma marca de 5 mil novos doentes a cada dia e o número de mortos dobrou em 8 dias, chegando a 1.296 óbitos na manhã de ontem. De modo similar a Bolsonaro, o presidente turco, Recep Erdogan, já afirmou que a "roda da economia" não pode parar.
Mesmo que também aconselhe a população a ficar em casa, ele defende e reforça a importância do trabalho. Na semana passada, afirmou que a Turquia "em todas as condições e circunstâncias, deve manter a produção e garantir que as rodas [de produção] continuem girando".
Na última segunda, dia 13 de abril, reiteirou o mesmo tom e fez questão de agradecer "a todos que trabalham pela continuidade da produção e do emprego". Não por acaso, a medida oficial de isolamento no país não abrange todos os trabalhadores, excluindo pessoas de 20 a 65 anos de idade.
Portanto, a política inclui apenas crianças, adolescentes e idosos. Mais de 9 mil pessoas desses grupos, no entato, já foram multadas por desobedecer o isolamento. Sindicatos na Turquia querem maiores cuidados e exigem que o governo interrompa todo o trabalho que não seja essencial por pelo menos 15 dias.
O Ministro da saúde da Turquia, Fahrettin Koca, disse, nas redes sociais, que o sucesso da Turquia contra o coronavírus "depende do isolamento". "O vírus ganha poder por meio de contato. Não vamos dar essa oportunidade ao vírus. Vamos ficar em casa", escreveu.
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